Entrevista

“O agricultor é dos grandes protagonistas da actividade económica”

Nádia Dembene e Isaque Lourenço

Jornalistas

Chegou a Angola em Janeiro de 2023, numa iniciativa do embaixador Rafael Vidal, que convenceu o Governo Federal do Brasil a abrir a 27ª “adidância”, designação que toma a área de Adido, porém desta vez não nas áreas tradicionais como Defesa, Comunicação e Cultura. Mas sim na Agricultura. Isso mesmo, adido agrícola. A de Angola é a “caçula” das 27 espalhados pelo mundo, mas também já foi anunciada a abertura de três novas representações em igual número de países, ao longo do ano. José Guilherme Leal não é diplomata de carreira. É um engenheiro agrónomo, formado numa das prestigiadas faculdades brasileiras do ramo e acredita no futuro da agricultura angolana, muito pelo seu potencial

27/03/2024  Última atualização 11H50
José Guilherme Leal, adido agrícola da embaixada do Brasil em Angola © Fotografia por: Francisco Lopes|Edições Novembro
O que  faz um adido agrícola?

O adido agrícola é um especialista que actua em agropecuária. Tem o papel de identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação. O adido agrícola foi criado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério das Relações Exteriores para apoiar o trabalho junto às representações diplomáticas do Brasil. Acompanhar os temas sanitários e fitossanitários, que envolvem protocolos, acordos e modelos de certificados, os quais são essenciais para viabilizar o comércio dos produtos agropecuários, com segurança sanitária. Actua na promoção da imagem do agronegócio brasileiro e na promoção comercial dos produtos agropecuários. Também articula as acções de cooperação técnica no domínio da agropecuária e busca a promoção de investimentos.

Há quanto tempo está em Angola?

Estou aqui desde Janeiro de 2023. Estou a conhecer o país e a apresentar o mercado angolano aos investidores. Temos algumas empresas já instaladas em Angola. No ramo agro-pecuário, temos cerca de seis empresas que trabalham com venda de insumos, consultoria, como A Casa do Fazendeiro, BRASAFRICA, Investe Rural, Afroplant Agriculture LDA.  O nosso desafio é apresentar o potencial agro-pecuário de Angola ao Brasil e ao mundo.

Em quantos países o Brasil tem também esta representação?

A nível do mundo, o Brasil conta com 27 adidos agrícolas junto às Embaixadas e representações diplomáticas, como África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Colômbia, Coreia do Sul, Egipto, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Marrocos, México, Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia e Vietname.

O que o traz particularmente para Angola?

A adidância agrícola em Angola foi aprovada em 2022 e implementada em Janeiro de 2023. Em Angola, o Brasil é a única Embaixada a ter um adido agrícola.  Foi uma proposta apresentada pelo senhor embaixador do Brasil, Rafael Vidal, ao Ministério da Agricultura e Pecuária e ao Ministério das Relações Exteriores. Durante esse um ano e três meses, cerca de quatro missões brasileiras já passaram por Angola  para levantar oportunidades de investimento, outras, em missão do Governo para a elaboração de políticas de fertilizante em Angola. O sector agro-pecuário em Angola está a estruturar-se e deverá crescer aceleradamente nos próximos anos. O Brasil trouxe para Angola  e pretende  apoiar e participar no seu  desenvolvimento, com conhecimento em agricultura tropical, como a técnica para a produção de trigo em regiões tropicais, pesquisa e tecnologia de produção sustentável. Trata-se de uma grande oportunidade, que tem que ser benéfica para ambos os países. Os programas e projectos de cooperação técnica, a identificação de oportunidades e promoção de investimentos são prioridades para este primeiro ano de trabalho na Embaixada do Brasil. Quanto à componente do financiamento, essa é uma questão que está a ser discutida com a Embaixada do Brasil e o Ministério das Finanças de Angola.

O Brasil é um gigante agrícola. A contribuição no PIB ronda entre 24 e 27 por cento.  Qual é o segredo?

Não é milagre. Chegamos aonde estamos com investimento em ciência, pesquisa, políticas públicas consistentes de financiamento e investimento, assistência técnica,  além de muito trabalho dos nossos agricultores. Os produtores rurais são os protagonistas do desenvolvimento da agropecuária no Brasil. Dedicação, empreendedores e capacidade de recuperação, quando são afectados por dificuldades, sejam climáticas ou por volatilidade do mercado dos produtos. A pesquisa agro-pecuária brasileira tem sido fundamental para o desempenho do sector. Fizemos muitos investimentos para desenvolver os sistemas de produção para a agricultura tropical. Destaco o trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e também das Universidades e dos Institutos Estaduais de  levar o conhecimento ao agricultor. Contamos com a assistência privada prestada por instituições públicas como a EMATER, mas também pela iniciativa privada e organização dos produtores, a exemplo do SENAR e das cooperativas agro-pecuárias. As políticas públicas no Brasil também foram, e ainda são, fundamentais para a sustentação da actividade agropecuária e agro-industrial. Estamos a falar do crédito rural, seguro rural, garantia de preço mínimo e os instrumentos de apoio à comercialização. Não posso deixar de mencionar o trabalho para protecção da agro-pecuária brasileira, com um serviço fitossanitário e de saúde animal muito eficiente, além de um rigoroso trabalho na inspecção dos alimentos, que garante a qualidade dos produtos para a população e também para os diversos países para onde exportamos.

O maior peso é do segmento familiar ou empresarial?

Depende do produto agrícola ou pecuário. A agricultura empresarial produz a maior quantidade de determinados produtos, mas a agricultura familiar é muito importante e significativa no Brasil, pela produção de alimentos e pela geração de ocupações no campo. Os dois segmentos são muito importantes e têm interacção. As cooperativas têm um papel importante no desenvolvimento agrícola do Brasil, ajudam na comercialização, fazem  compra conjunta,  vendem a um preço competitivo e fazem o trabalho de transformação.

A agricultura no Brasil faz ricos?

A agricultura no Brasil  faz ricos. Porém, é uma actividade de risco, bastante competitiva e, geralmente, a margem de lucro não é tão grande. Entretanto, se o agricultor não tiver capacidade para gerir, perde o dinheiro. Igualmente, se não for   eficiente, acaba por ficar para trás.

Para realidades como as de Angola, convém  apostar na agricultura familiar ou na empresarial?

Vou expressar a minha opinião. A aposta deve ser nos dois segmentos. As políticas públicas podem e devem ser diferenciadas. Mas sugiro que Angola procure desenvolver tanto a agricultura familiar, como a empresarial. Os segmentos  complementam-se, um ajuda o outro a crescer. Não deve ter antagonismo dentro do sector agro-pecuário.

Entre a agrícola, pecuária, florestal, a que área se deve dar maior protagonismo?

Entendo que deve haver equilíbrio entre os três. A área agrícola produz alimentos para a população, mas também fibras, como o algodão, flores e matéria-prima para produção de energia e para biocombustíveis. Não existe pecuária forte sem alimento para os animais. E o alimento para as criações vem da agricultura. A pecuária gera estercos e subprodutos, que são aproveitados como adubos orgânicos, fundamentais para produção de hortaliças e frutas. O sector de florestas plantadas gera matéria-prima para a indústria de celulose, para a construção civil e indústria de móveis. Também é importante na geração de energia e na captura de carbono. No Brasil, outro sector importante é o de biocombustíveis, seja o etanol, gerado a partir da cana-de-açúcar e do milho, seja o biodiesel, produzido a partir da soja ou de gordura animal.

Angola está a implementar três projectos: PLANAGRÃO (produção de grãos); PLANAPECUÁRIA (criação de animais) e PLANAPESCAS (pescas). Como o Brasil pode ajudar?

O Brasil tem domínio da tecnologia de produção agropecuária em regiões tropicais, com práticas sustentáveis que melhoram e preservam o solo, protegem os rios e as nascentes de água. A tecnologia de produção brasileira pode ser apropriada e adaptada para a realidade angolana, o que aceleraria o desenvolvimento e crescimento da produção de grãos e da pecuária. Podemos trabalhar com a cooperação técnica, capacitação de quadros angolanos, disponibilidade de material genético, mas também com a possibilidade de investimentos de empresas brasileiras em Angola, no abrigo dos três Planos do Governo. No sector das pescas, vejo a possibilidade de desenvolvimento de parcerias entre o sector privado de Angola e do Brasil, seja na captura de pescados, seja na indústria de processamento. Além dos três Planos, temos o compromisso de apoiar o Governo de Angola no desenvolvimento agrícola do Vale do Cunene, que pode ser transformado num  grande produtor de frutas e hortaliças, potencializando os investimentos já realizados nas obras de combate aos efeitos da seca.

Quando falamos de diversificação, a ideia que vem sempre é deixar o petróleo. Parece-lhe que a petroquímica pode ajudar?

O petróleo é importante para Angola, assim como para o Brasil e para os países que exploram este rico recurso. Portanto, não me parece que a questão seja deixar a exploração do petróleo, mas sim desenvolver outros sectores que apresentam potencial de crescimento, como a agropecuária. A petroquímica pode ser importante na produção de fertilizantes nitrogenados e na produção de ingredientes para a indústria agronómica. São insumos fundamentais para a agricultura.

Porque não temos uma escola de matriz brasileira para a partilha de conhecimentos no sector da agricultura?

Essa é uma possibilidade que já está a ser estudada. No ano passado, vieram algumas universidades privadas brasileiras conhecer o mercado angolano e avaliar essa possibilidade.  O Brasil, anualmente, forma milhares de profissionais no sector agrícola, desde agrónomos a veterinários. Estamos à disposição para passar essa experiência aos profissionais angolanos, tudo depende da disponibilidade.

Qual é a realidade e experiência acumulada pelo Brasil?

Actualmente, os sectores agro-pecuário e agro-industrial são os mais dinâmicos da economia brasileira. O Brasil tem avançado no gerenciamento e mitigação do risco climático, com o crescimento das coberturas do seguro rural. Outro ponto importante, é a diversificação de produtos e instrumentos para financiamento da agricultura. O sector precisa de crédito disponível. O crédito oficial é importante, mas não o suficiente, sendo necessário desenvolver mecanismos e instrumentos que permitam maior oferta de crédito pelo sector privado. Mas considero que o mais importante que aprendemos na caminhada de desenvolvimento do agro brasileiro foi a necessidade da incorporação de práticas sustentáveis. Cuidado com a terra, com os recursos hídricos e agora, mais recentemente, um grande avanço no uso de bio-insumos na agricultura.
 

O Brasil tenciona criar linhas de financiamento específicas?

Queremos mostrar o potencial de Angola aos empresários brasileiros. Sabemos que, caso se viabilizem linhas de financiamento específicas para o sector agro-pecuário e das pescas, pode ser um incentivo para a actuação de empresas brasileiras no território angolano. Mas não é o único factor decisivo para investimentos.

O que mais preocupa os empresários brasileiros que pretendem investir em Angola?

Uma das questões que muito preocupa os empresários brasileiros em Angola tem a ver com o direito de superfície. Eles querem ter uma segurança que hão de ficar com o direito de superfície por longos anos. E, como não se conhece a realidade  angolana quanto a essa questão, eles ficam preocupados. Uma outra questão tem a ver com o  repatriamento de capitais, o acesso ao financiamento local, porque a agricultura depende de financiamento. Lá no Brasil, é disponível financiamento todo ano, então, ainda que venha com o  financiamento, é importante ter um financiamento local para complementar.  O outro ponto está relacionado a ter um mercado livre para poder exportar, porque o agricultor brasileiro está acostumado a olhar para o mercado mundial.

Como é que um gigante agrícola como o Brasil se abastece de sementes e fertilizantes para manter produtivos os ciclos de colheita? 

Temos um sector muito forte de produção de sementes. Os principais actores mundiais da genética vegetal têm produção no território brasileiro. Temos uma legislação de sementes e mudas que regula o sector, em relação à garantia de qualidade, mas também o registo e a protecção das cultivares que garantem os direitos dos beneficiados.  A nossa pesquisa pública, como a Embrapa, trabalha fortemente no melhoramento genético e na disponibilização de materiais adaptados a todas as regiões e aos diversos sistemas de cultivo. Quanto aos fertilizantes, importamos a maior quantidade que consumimos. Temos indústrias brasileiras e multinacionais a actuar no país, mas não produzimos o suficiente para a grande procura da agricultura brasileira. Nós utilizamos mais de 40 milhões de toneladas de fertilizantes por ano. Actualmente, contamos com uma capacidade de 15 por cento.   Para aumentar a produção interna de fertilizantes, está em desenvolvimento o Plano Nacional de Fertilizantes. O Presidente Lula vai inaugurar uma nova fábrica de fertilizantes ainda este mês.

 "Angola poderia crescer mais na produção de pescado...” Em Angola, diz-se que comida é um bom negócio. No Brasil também o é. Como os países pensam reforçar as trocas comerciais?

O Brasil é um importante fornecedor de alimentos para Angola. Também exportamos camiões, tractores e diversos equipamentos agrícolas. O petróleo e derivados dominam as exportações de Angola para o Brasil. As trocas comerciais reflectem o perfil actual da economia dos dois países. Com o crescimento esperado da agropecuária em Angola, a lista de produtos envolvidos no comércio exterior vai alterar. O Brasil está preparado para fornecer sementes, material genético animal (embriões bovinos, reprodutores suínos, ovos férteis e pintos de um dia para a avicultura), vacinas e medicamentos veterinários, equipamentos de irrigação, tractores e implementos, ou seja, os principais itens que serão demandados para suportar o crescimento da produção agropecuária angolana. Tendo mais produção interna, Angola deverá reduzir a importação de alguns produtos alimentares que hoje são fornecidos pelo Brasil e por outros países. No entanto, abre-se oportunidade para as empresas brasileiras investirem aqui, por exemplo, no processamento de alimentos e, assim, poderão continuar a actuar no mercado angolano, mas com a industrialização da produção local. Importa também identificar oportunidades de produtos alimentares angolanos que possam vir a ser exportados para o Brasil. Vejo o sector de pescados com potencial.

Quais são os números mais recentes?

Em 2022, as vendas de produtos do agronegócio brasileiro para Angola alcançaram 475,8 milhões de dólares  e o total das exportações do Brasil foi no valor de 640,32 milhões. Os principais produtos exportados pelo Brasil foram o frango, carne suína, carne bovina e preparações embutidas, cereais, farinhas e sucroalcooleiro (principalmente o açúcar). Angola exportou para o Brasil, em 2022, 766,7 milhões de dólares, com maior destaque para o  petróleo e derivados, com 99,7 por cento.

Além do petróleo e derivados, o que mais Angola poderia oferecer ao mercado brasileiro?

Angola poderia crescer mais na produção do pescado, porque o Brasil importa de alguns países. Já tivemos algumas empresas brasileiras que vieram procurar produtos como o polvo, a garoupa, a corvina, são produtos importantes que podem ter saída no mercado do pescado brasileiro.

O Cafú no Sul de Angola, o que representa e como o Brasil participa nele? 

Esse é um grande programa de cooperação que temos,«. É um compromisso do embaixador trazer tecnologia de produção de agricultura e rega para  transformar a região do Cafú. O Brasil está a trabalhar juntamente com Angola para que saia um bom projecto do canal do Cafú. Em Maio, virão técnicos brasileiros da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São francisco (CODEVASF), com o objectivo de fazer estudos do solo e topografia daquela região, porque esses trabalhos são fundamentais para o projecto de perímetro irrigado. Vamos fazer, igualmente, um treinamento sobre como  se produz com uma estrutura de rega e outros ensinamentos. Vão  trazer tecnologia para que o canal do Cafú seja aproveitado e possa transformar a vida das comunidades daquela região. Este projecto já está a beneficiar a população local.  Quando o projecto for terminado, vamos trazer do Brasil empresários para investir, pois nós queremos instalar também algumas empresas no canal.

Como adido agrícola em Angola, que províncias já teve a oportunidade de conhecer e com que impressão ficou?

Das 18 províncias do país, já tive a oportunidade de conhecer Bengo, Malange, Cuanza-Sul, Cunene, Huíla e Cuanza-Norte. Angola possui um lindo solo e uma população que parece estar disposta  a trabalhar. O que falta, se calhar, é a melhoria da estrutura do comércio de venda dos produtos agrícolas, levar a tecnologia nas comunidades e  melhorar a condição de vida das famílias. Angola possui um solo fantástico para se desenvolver e se tornar um grande produtor agrícola. O agricultor é dos grandes protagonistas da actividade económica.

Partilhe connosco mais dados sobre o agronegócio do Brasil, na América latina e pelo mundo?

O Brasil tem 8.500.000 km², sendo que 66 por cento do território é ocupado por vegetação (floresta) nativa. A safra brasileira de grãos em 2022/2023 foi de 316 milhões de toneladas. Com destaque para soja (154 milhões de toneladas), milho (131 milhões de toneladas), trigo (8 milhões de toneladas), arroz (10 milhões de toneladas) e feijão (3 milhões de toneladas). Foram 78 milhões de hectares cultivados, com produtividade média de 4 toneladas de grãos produzidos por hectare. O rebanho bovino brasileiro é de 234 milhões de cabeças e a pecuária bovina está presente em 2,5 milhões de estabelecimentos rurais. No Brasil, existem 5 milhões de estabelecimentos rurais, que ocupam 351 milhões de hectares.  Sendo 75 milhões de hectares de área protegida (reserva legal ou área de preservação permanente, que não pode ser desmatada ou cultivada). As exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram, em 2022, 166 mil milhões de dólares.

PERFIL

José Guilherme Leal é engenheiro agrônomo, formado em 1992, pela Universidade Federal de Viçosa. Pós-Graduado em Fruticultura Comercial pela Universidade Federal de Lavras e em Tecnologia de Produção de Fertilizantes pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Trabalhou na EMATER, com assistência técnica aos produtores rurais, de 1993 a 2002.

Ingressou no Ministério da Agricultura e Pecuária em Maio de 2002, como Auditor Fiscal Federal Agropecuário. No Ministério da Agricultura e Pecuária, ocupou diversos cargos de chefia, com destaque para Director do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade e Secretário Nacional de Defesa Agropecuária.  Fora da esfera federal, foi presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER/DF), e Secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural no Governo do Distrito Federal.

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