A ministra das Finanças chefiou uma delegação angolana que participou, desde segunda-feira passada até domingo, em Washington, nas reuniões de Primeira do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista à Rádio Nacional e ao Jornal de Angola, Vera Daves de Sousa fez um balanço positivo das reuniões – oitenta, no total –, sendo que, numa delas, desafiou a Cooperação Financeira Internacional (IFC) a ser mais agressiva e ousada na sua actuação no mercado angolano. O vice-presidente da IFC respondeu prontamente ao desafio, dizendo que até está a contar ter um representante somente focado em Angola e não mais a partilhar atenção com outros países vizinhos na condução local do escritório do IFC. Siga a entrevista.
Kaissara é um poço de revelações quase inesgotável, como a seguir verão ao longo desta conversa, em que aponta os caminhos para um futuro mais consequente da modalidade; avalia o presente das políticas adoptadas sobre a massificação e formação. Mostra-se convicto de que o país pode, sim, continuar a ser a maior potência africana do Hóquei em Patins
Chegou a Angola em Janeiro de 2023, numa iniciativa do embaixador Rafael Vidal, que convenceu o Governo Federal do Brasil a abrir a 27ª “adidância”, designação que toma a área de Adido, porém desta vez não nas áreas tradicionais como Defesa, Comunicação e Cultura. Mas sim na Agricultura. Isso mesmo, adido agrícola. A de Angola é a “caçula” das 27 espalhados pelo mundo, mas também já foi anunciada a abertura de três novas representações em igual número de países, ao longo do ano. José Guilherme Leal não é diplomata de carreira. É um engenheiro agrónomo, formado numa das prestigiadas faculdades brasileiras do ramo e acredita no futuro da agricultura angolana, muito pelo seu potencial
O
adido agrícola é um especialista que actua em agropecuária. Tem o papel de
identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos
e cooperação. O adido agrícola foi criado entre o Ministério da Agricultura e
Pecuária e o Ministério das Relações Exteriores para apoiar o trabalho junto às
representações diplomáticas do Brasil. Acompanhar os temas sanitários e
fitossanitários, que envolvem protocolos, acordos e modelos de certificados, os
quais são essenciais para viabilizar o comércio dos produtos agropecuários, com
segurança sanitária. Actua na promoção da imagem do agronegócio brasileiro e na
promoção comercial dos produtos agropecuários. Também articula as acções de
cooperação técnica no domínio da agropecuária e busca a promoção de investimentos.
Há quanto tempo está em Angola?
Estou
aqui desde Janeiro de 2023. Estou a conhecer o país e a apresentar o mercado
angolano aos investidores. Temos algumas empresas já instaladas em Angola. No
ramo agro-pecuário, temos cerca de seis empresas que trabalham com venda de
insumos, consultoria, como A Casa do Fazendeiro, BRASAFRICA, Investe Rural,
Afroplant Agriculture LDA. O nosso
desafio é apresentar o potencial agro-pecuário de Angola ao Brasil e ao mundo.
Em quantos países o Brasil tem também esta representação?
A
nível do mundo, o Brasil conta com 27 adidos agrícolas junto às Embaixadas e
representações diplomáticas, como África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia
Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Colômbia, Coreia do Sul, Egipto,
Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Marrocos, México, Peru, Reino Unido,
Rússia, Singapura, Tailândia e Vietname.
O que o traz particularmente para Angola?
A
adidância agrícola em Angola foi aprovada em 2022 e implementada em Janeiro de
2023. Em Angola, o Brasil é a única Embaixada a ter um adido agrícola. Foi uma proposta apresentada pelo senhor
embaixador do Brasil, Rafael Vidal, ao Ministério da Agricultura e Pecuária e
ao Ministério das Relações Exteriores. Durante esse um ano e três meses, cerca
de quatro missões brasileiras já passaram por Angola para levantar oportunidades de investimento,
outras, em missão do Governo para a elaboração de políticas de fertilizante em
Angola. O sector agro-pecuário em Angola está a estruturar-se e deverá crescer
aceleradamente nos próximos anos. O Brasil trouxe para Angola e pretende
apoiar e participar no seu
desenvolvimento, com conhecimento em agricultura tropical, como a
técnica para a produção de trigo em regiões tropicais, pesquisa e tecnologia de
produção sustentável. Trata-se de uma grande oportunidade, que tem que ser
benéfica para ambos os países. Os programas e projectos de cooperação técnica,
a identificação de oportunidades e promoção de investimentos são prioridades
para este primeiro ano de trabalho na Embaixada do Brasil. Quanto à componente
do financiamento, essa é uma questão que está a ser discutida com a Embaixada
do Brasil e o Ministério das Finanças de Angola.
O Brasil é um gigante agrícola. A contribuição no PIB ronda entre 24 e 27 por cento. Qual é o segredo?
Não
é milagre. Chegamos aonde estamos com investimento em ciência, pesquisa,
políticas públicas consistentes de financiamento e investimento, assistência
técnica, além de muito trabalho dos
nossos agricultores. Os produtores rurais são os protagonistas do
desenvolvimento da agropecuária no Brasil. Dedicação, empreendedores e
capacidade de recuperação, quando são afectados por dificuldades, sejam
climáticas ou por volatilidade do mercado dos produtos. A pesquisa
agro-pecuária brasileira tem sido fundamental para o desempenho do sector.
Fizemos muitos investimentos para desenvolver os sistemas de produção para a
agricultura tropical. Destaco o trabalho realizado pela Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e também das Universidades e dos Institutos
Estaduais de levar o conhecimento ao
agricultor. Contamos com a assistência privada prestada por instituições
públicas como a EMATER, mas também pela iniciativa privada e organização dos
produtores, a exemplo do SENAR e das cooperativas agro-pecuárias. As políticas
públicas no Brasil também foram, e ainda são, fundamentais para a sustentação
da actividade agropecuária e agro-industrial. Estamos a falar do crédito rural,
seguro rural, garantia de preço mínimo e os instrumentos de apoio à
comercialização. Não posso deixar de mencionar o trabalho para protecção da
agro-pecuária brasileira, com um serviço fitossanitário e de saúde animal muito
eficiente, além de um rigoroso trabalho na inspecção dos alimentos, que garante
a qualidade dos produtos para a população e também para os diversos países para
onde exportamos.
O maior peso é do segmento familiar ou empresarial?
Depende
do produto agrícola ou pecuário. A agricultura empresarial produz a maior
quantidade de determinados produtos, mas a agricultura familiar é muito
importante e significativa no Brasil, pela produção de alimentos e pela geração
de ocupações no campo. Os dois segmentos são muito importantes e têm
interacção. As cooperativas têm um papel importante no desenvolvimento agrícola
do Brasil, ajudam na comercialização, fazem
compra conjunta, vendem a um
preço competitivo e fazem o trabalho de transformação.
A agricultura no Brasil faz ricos?
A
agricultura no Brasil faz ricos. Porém,
é uma actividade de risco, bastante competitiva e, geralmente, a margem de
lucro não é tão grande. Entretanto, se o agricultor não tiver capacidade para
gerir, perde o dinheiro. Igualmente, se não for eficiente, acaba por ficar para trás.
Para realidades como as de Angola, convém apostar na agricultura familiar ou na empresarial?
Vou
expressar a minha opinião. A aposta deve ser nos dois segmentos. As políticas
públicas podem e devem ser diferenciadas. Mas sugiro que Angola procure
desenvolver tanto a agricultura familiar, como a empresarial. Os segmentos complementam-se, um ajuda o outro a crescer.
Não deve ter antagonismo dentro do sector agro-pecuário.
Entre a agrícola, pecuária, florestal, a que área se deve dar maior protagonismo?
Entendo
que deve haver equilíbrio entre os três. A área agrícola produz alimentos para
a população, mas também fibras, como o algodão, flores e matéria-prima para
produção de energia e para biocombustíveis. Não existe pecuária forte sem
alimento para os animais. E o alimento para as criações vem da agricultura. A pecuária
gera estercos e subprodutos, que são aproveitados como adubos orgânicos,
fundamentais para produção de hortaliças e frutas. O sector de florestas
plantadas gera matéria-prima para a indústria de celulose, para a construção
civil e indústria de móveis. Também é importante na geração de energia e na
captura de carbono. No Brasil, outro sector importante é o de biocombustíveis,
seja o etanol, gerado a partir da cana-de-açúcar e do milho, seja o biodiesel,
produzido a partir da soja ou de gordura animal.
Angola está a implementar três projectos: PLANAGRÃO (produção de grãos); PLANAPECUÁRIA (criação de animais) e PLANAPESCAS (pescas). Como o Brasil pode ajudar?
O
Brasil tem domínio da tecnologia de produção agropecuária em regiões tropicais,
com práticas sustentáveis que melhoram e preservam o solo, protegem os rios e
as nascentes de água. A tecnologia de produção brasileira pode ser apropriada e
adaptada para a realidade angolana, o que aceleraria o desenvolvimento e
crescimento da produção de grãos e da pecuária. Podemos trabalhar com a
cooperação técnica, capacitação de quadros angolanos, disponibilidade de
material genético, mas também com a possibilidade de investimentos de empresas
brasileiras em Angola, no abrigo dos três Planos do Governo. No sector das
pescas, vejo a possibilidade de desenvolvimento de parcerias entre o sector
privado de Angola e do Brasil, seja na captura de pescados, seja na indústria de
processamento. Além dos três Planos, temos o compromisso de apoiar o Governo de
Angola no desenvolvimento agrícola do Vale do Cunene, que pode ser transformado
num grande produtor de frutas e
hortaliças, potencializando os investimentos já realizados nas obras de combate
aos efeitos da seca.
Quando falamos de diversificação, a ideia que vem sempre é deixar o petróleo. Parece-lhe que a petroquímica pode ajudar?
O
petróleo é importante para Angola, assim como para o Brasil e para os países
que exploram este rico recurso. Portanto, não me parece que a questão seja
deixar a exploração do petróleo, mas sim desenvolver outros sectores que
apresentam potencial de crescimento, como a agropecuária. A petroquímica pode
ser importante na produção de fertilizantes nitrogenados e na produção de
ingredientes para a indústria agronómica. São insumos fundamentais para a
agricultura.
Porque não temos uma escola de matriz brasileira para a partilha de conhecimentos no sector da agricultura?
Essa
é uma possibilidade que já está a ser estudada. No ano passado, vieram algumas
universidades privadas brasileiras conhecer o mercado angolano e avaliar essa
possibilidade. O Brasil, anualmente,
forma milhares de profissionais no sector agrícola, desde agrónomos a
veterinários. Estamos à disposição para passar essa experiência aos
profissionais angolanos, tudo depende da disponibilidade.
Qual é a realidade e experiência acumulada pelo Brasil?
Actualmente,
os sectores agro-pecuário e agro-industrial são os mais dinâmicos da economia brasileira.
O Brasil tem avançado no gerenciamento e mitigação do risco climático, com o
crescimento das coberturas do seguro rural. Outro ponto importante, é a
diversificação de produtos e instrumentos para financiamento da agricultura. O
sector precisa de crédito disponível. O crédito oficial é importante, mas não o
suficiente, sendo necessário desenvolver mecanismos e instrumentos que permitam
maior oferta de crédito pelo sector privado. Mas considero que o mais
importante que aprendemos na caminhada de desenvolvimento do agro brasileiro
foi a necessidade da incorporação de práticas sustentáveis. Cuidado com a
terra, com os recursos hídricos e agora, mais recentemente, um grande avanço no
uso de bio-insumos na agricultura.
O Brasil tenciona criar linhas de financiamento específicas?
Queremos
mostrar o potencial de Angola aos empresários brasileiros. Sabemos que, caso se
viabilizem linhas de financiamento específicas para o sector agro-pecuário e
das pescas, pode ser um incentivo para a actuação de empresas brasileiras no
território angolano. Mas não é o único factor decisivo para investimentos.
O que mais preocupa os empresários brasileiros que pretendem investir em Angola?
Uma
das questões que muito preocupa os empresários brasileiros em Angola tem a ver
com o direito de superfície. Eles querem ter uma segurança que hão de ficar com
o direito de superfície por longos anos. E, como não se conhece a
realidade angolana quanto a essa
questão, eles ficam preocupados. Uma outra questão tem a ver com o repatriamento de capitais, o acesso ao
financiamento local, porque a agricultura depende de financiamento. Lá no
Brasil, é disponível financiamento todo ano, então, ainda que venha com o financiamento, é importante ter um
financiamento local para complementar. O
outro ponto está relacionado a ter um mercado livre para poder exportar, porque
o agricultor brasileiro está acostumado a olhar para o mercado mundial.
Como é que um gigante agrícola como o Brasil se abastece de sementes e fertilizantes para manter produtivos os ciclos de colheita?
Temos
um sector muito forte de produção de sementes. Os principais actores mundiais
da genética vegetal têm produção no território brasileiro. Temos uma legislação
de sementes e mudas que regula o sector, em relação à garantia de qualidade,
mas também o registo e a protecção das cultivares que garantem os direitos dos
beneficiados. A nossa pesquisa pública,
como a Embrapa, trabalha fortemente no melhoramento genético e na disponibilização
de materiais adaptados a todas as regiões e aos diversos sistemas de cultivo.
Quanto aos fertilizantes, importamos a maior quantidade que consumimos. Temos
indústrias brasileiras e multinacionais a actuar no país, mas não produzimos o
suficiente para a grande procura da agricultura brasileira. Nós utilizamos mais
de 40 milhões de toneladas de fertilizantes por ano. Actualmente, contamos com
uma capacidade de 15 por cento. Para
aumentar a produção interna de fertilizantes, está em desenvolvimento o Plano
Nacional de Fertilizantes. O Presidente Lula vai inaugurar uma nova fábrica de
fertilizantes ainda este mês.
"Angola poderia crescer mais na produção de pescado...” Em Angola, diz-se que comida é um bom negócio. No Brasil também o é. Como os países pensam reforçar as trocas comerciais?
O
Brasil é um importante fornecedor de alimentos para Angola. Também exportamos
camiões, tractores e diversos equipamentos agrícolas. O petróleo e derivados
dominam as exportações de Angola para o Brasil. As trocas comerciais reflectem
o perfil actual da economia dos dois países. Com o crescimento esperado da
agropecuária em Angola, a lista de produtos envolvidos no comércio exterior vai
alterar. O Brasil está preparado para fornecer sementes, material genético
animal (embriões bovinos, reprodutores suínos, ovos férteis e pintos de um dia
para a avicultura), vacinas e medicamentos veterinários, equipamentos de
irrigação, tractores e implementos, ou seja, os principais itens que serão
demandados para suportar o crescimento da produção agropecuária angolana. Tendo
mais produção interna, Angola deverá reduzir a importação de alguns produtos
alimentares que hoje são fornecidos pelo Brasil e por outros países. No
entanto, abre-se oportunidade para as empresas brasileiras investirem aqui, por
exemplo, no processamento de alimentos e, assim, poderão continuar a actuar no
mercado angolano, mas com a industrialização da produção local. Importa também
identificar oportunidades de produtos alimentares angolanos que possam vir a
ser exportados para o Brasil. Vejo o sector de pescados com potencial.
Quais são os números mais recentes?
Em
2022, as vendas de produtos do agronegócio brasileiro para Angola alcançaram
475,8 milhões de dólares e o total das
exportações do Brasil foi no valor de 640,32 milhões. Os principais produtos
exportados pelo Brasil foram o frango, carne suína, carne bovina e preparações
embutidas, cereais, farinhas e sucroalcooleiro (principalmente o açúcar).
Angola exportou para o Brasil, em 2022, 766,7 milhões de dólares, com maior
destaque para o petróleo e derivados,
com 99,7 por cento.
Além do petróleo e derivados, o que mais Angola poderia oferecer ao mercado brasileiro?
Angola
poderia crescer mais na produção do pescado, porque o Brasil importa de alguns
países. Já tivemos algumas empresas brasileiras que vieram procurar produtos
como o polvo, a garoupa, a corvina, são produtos importantes que podem ter
saída no mercado do pescado brasileiro.
O Cafú no Sul de Angola, o que representa e como o Brasil participa nele?
Esse
é um grande programa de cooperação que temos,«. É um compromisso do embaixador
trazer tecnologia de produção de agricultura e rega para transformar a região do Cafú. O Brasil está a
trabalhar juntamente com Angola para que saia um bom projecto do canal do Cafú.
Em Maio, virão técnicos brasileiros da Companhia de Desenvolvimento do Vale do
São francisco (CODEVASF), com o objectivo de fazer estudos do solo e topografia
daquela região, porque esses trabalhos são fundamentais para o projecto de
perímetro irrigado. Vamos fazer, igualmente, um treinamento sobre como se produz com uma estrutura de rega e outros
ensinamentos. Vão trazer tecnologia para
que o canal do Cafú seja aproveitado e possa transformar a vida das comunidades
daquela região. Este projecto já está a beneficiar a população local. Quando o projecto for terminado, vamos trazer
do Brasil empresários para investir, pois nós queremos instalar também algumas
empresas no canal.
Como adido agrícola em Angola, que províncias já teve a oportunidade de conhecer e com que impressão ficou?
Das
18 províncias do país, já tive a oportunidade de conhecer Bengo, Malange,
Cuanza-Sul, Cunene, Huíla e Cuanza-Norte. Angola possui um lindo solo e uma
população que parece estar disposta a
trabalhar. O que falta, se calhar, é a melhoria da estrutura do comércio de
venda dos produtos agrícolas, levar a tecnologia nas comunidades e melhorar a condição de vida das famílias.
Angola possui um solo fantástico para se desenvolver e se tornar um grande
produtor agrícola. O agricultor é dos grandes protagonistas da actividade
económica.
Partilhe connosco mais dados sobre o agronegócio do Brasil, na América latina e pelo mundo?
O
Brasil tem 8.500.000 km², sendo que 66 por cento do território é ocupado por
vegetação (floresta) nativa. A safra brasileira de grãos em 2022/2023 foi de
316 milhões de toneladas. Com destaque para soja (154 milhões de toneladas),
milho (131 milhões de toneladas), trigo (8 milhões de toneladas), arroz (10
milhões de toneladas) e feijão (3 milhões de toneladas). Foram 78 milhões de
hectares cultivados, com produtividade média de 4 toneladas de grãos produzidos
por hectare. O rebanho bovino brasileiro é de 234 milhões de cabeças e a
pecuária bovina está presente em 2,5 milhões de estabelecimentos rurais. No
Brasil, existem 5 milhões de estabelecimentos rurais, que ocupam 351 milhões de
hectares. Sendo 75 milhões de hectares
de área protegida (reserva legal ou área de preservação permanente, que não
pode ser desmatada ou cultivada). As exportações brasileiras de produtos do
agronegócio alcançaram, em 2022, 166 mil milhões de dólares.
PERFIL
José Guilherme Leal é engenheiro agrônomo,
formado em 1992, pela Universidade Federal de Viçosa. Pós-Graduado em
Fruticultura Comercial pela Universidade Federal de Lavras e em Tecnologia de
Produção de Fertilizantes pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(ESALQ). Trabalhou na EMATER, com assistência técnica aos produtores rurais, de
1993 a 2002.
Ingressou no Ministério da Agricultura e Pecuária em Maio de 2002,
como Auditor Fiscal Federal Agropecuário. No Ministério da Agricultura e
Pecuária, ocupou diversos cargos de chefia, com destaque para Director do
Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade e Secretário Nacional
de Defesa Agropecuária. Fora da esfera
federal, foi presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Distrito Federal (EMATER/DF), e Secretário de Agricultura, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural no Governo do Distrito Federal.
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LoginEm entrevista exclusiva ao Jornal de Angola, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, fez a radiografia do sector, dando ênfase aos avanços registados em 22 anos de paz. Neste período, houve aumento do número de camas hospitalares, de 13 mil para 41.807, e da rede de serviços de saúde, que tem, actualmente, 3.342 unidades sanitárias, das quais, 19 hospitais centrais e 34 de especialidade. Sobre a realização de transplantes de células, tecidos e órgãos humanos, a ministra disse que, com a inauguração de novas infra-estruturas sanitárias e a formação de equipas multidisciplinares, o país está mais próximo de começar a realizar esses procedimentos
Assume-se como uma jornalista comprometida com o rigor que a profissão exige. Hariana Verás, angolana residente nos Estados Unidos da América há mais de 20 anos, afirma, em exclusivo ao Jornal de Angola, que os homens devem apoiar as mulheres e reconhecer que juntos são mais fortes e capazes de construir uma sociedade equitativa e próspera. A jornalista fala da paixão pela profissão e da sua inspiração para promover as boas causas do Estado angolano, em particular, e de África, em geral.
Por ocasião do Dia Nacional da Juventude, que se assinala hoje, o Jornal de Angola entrevistou o presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Isaías Kalunga, que aconselha os jovens a apostarem no empreendedorismo, como resposta ao desemprego, que continua a ser uma das maiores preocupações da juventude angolana.
No discurso directo é fácil de ser compreendida. Sem rodeios, chama as coisas pelos nomes e cheia de lições para partilhar com as diferentes áreas e classes profissionais. Filomena Oliveira fala na entrevista que concedeu ao Jornal de Angola em Malanje sobre a Feira Agro-industrial, mas muito mais da necessidade de os organismos compreenderem que só interdependentes se chegará muito mais rápido aos objectivos.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.
A batalha campal entre o Desportivo da Lunda-Sul e o Petro de Luanda atrai. hoje, às 15h00, o público da cidade de Saurimo para o Estádio dos Mangueiras, no jogo referente à 22.ª jornada do Girabola. O aguardado sexto embate mexe com apostadores mais valentes por se tratar do líder da competição com 44 pontos e o terceiro classificado, com menos um ponto: 43.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.