Especial

Obras da segunda fase do Memorial ficam concluídas no próximo ano

Lourenço Bule | Cuito Cuanavale

Jornalista

O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, afirmou, sextafeira, no município do Cuito Cuanavale, que as obras da segunda fase do Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale ficam concluídas nos finais de 2025.

23/03/2024  Última atualização 08H10
© Fotografia por: Santos Pedro | Edições Novembro

João Ernesto dos Santos "Liberdade”, que falava à imprensa no final da palestra subordinada ao tema "A Batalha do Cuito Cuanavale e o seu impacto”, dirigida a 180 jovens das 18 províncias, sublinhou que as referidas obras arrancam, em breve, a cargo de uma empresa chinesa.

A partir deste ano, disse, serão erguidos mais monumentos históricos em vários pontos do país, para homenagear os combatentes tombados, nas distintas guerras que ocorreram no país, como é o caso das batalhas do Ntó, Ebo, Cuito Cuanavale, Baixa de Cassange, Kahama, Kangamba, Cuito(Bié), Karipande, Samujimbo, entre outras.

"Muita gente perdeu a vida durante o conflito armado que decorreu durante 40 anos no país. Nesta senda, é necessário que seja devidamente honrada pela sua contribuição em prol da defesa do território nacional, conquista da Paz e Independência Nacional”, salientou.

 Segundo o ministro da Defesa Nacional, durante os conflitos armados, as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) foram apoiadas pelas congéneres cubanas, jugoslavas e russas, enquanto as da UNITA contavam com os seus aliados, os Estados Unidos da América e a África do Sul.

"O Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria está a encetar contactos para que, nas próximas comemorações do 23 de Março, possamos congregar vários intervenientes da Batalha do Cuito Cuanavale, quer sejam nacionais como de outros países, para que haja maior interação e divulgação da história”, anunciou.

João Ernesto dos Santos "Liberdade” lamentou o facto de a UNITA não participar nas comemorações do 23 de Março, data que ditou o fim da Batalha do Cuito Cuanavale, que culminou com a abolição do regime do Apartheid, a libertação de Nelson Mandela e a independência da Namíbia.

Segundo o titular do Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, todas as tarefas inerentes ao desenvolvimento económico e social do país são da responsabilidade de todos os angolanos, sem distinção.

Muito por se fazer

O governador do Cuando Cubango, José Martins, na qualidade de presidente da mesa da Assembleia Geral do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale (FOCOBACC), disse que, ainda, falta muito por se fazer para que os bravos combatentes sejam devidamente homenageados.

José Martins acrescentou que, doravante, se vai trabalhar nas questões administrativas que visam melhorar as condições sociais e económicas dos combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale, que tanto fizeram para a libertação da região da África Austral.

"Estamos a trabalhar na criação de condições necessárias para que o FOCOBACC se afirme efectivamente como uma associação ou organização de combatentes que lutaram em prol da Mãe Pátria”, disse.

Ganhos

A Batalha do Cuito Cuanavale, acrescentou, trouxe vários ganhos para o país, com realce para a defesa da integridade do território e soberania nacional, bem como a Paz.

A mesma criou ainda um grande impacto para o desenvolvimento social e económico do país e da província do Cuando Cubango, em particular.

O 23 de Março foi instituído Dia da Libertação da África Austral, por decisão dos líderes da SADC(Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), em 2018. Comemorou-se, pela primeira vez, em 2019, num acto que juntou os líderes da região.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Especial