As duas equipas entraram com um único objectivo: de vencer. Uma Académica motivada em função do empate rigoroso imposto ao 1º de Agosto, quis repetir a proeza ante um Petro de Luanda que a palavra de ordem era a vitória e nada mais.

Jonathan Toro aproveitou um desaire do defesa dos estudantes e, aos 4 minutos, num golo no meio da rua, inaugurou o marcador.

Os pupilos de João Pintar não baixaram os braços e procuraram jogar de igual para igual com os campeões nacionais, com jogadas assustadoras para os donos de casa. Aos 17 minutos, o médio Vali colocou à prova Hugo Marques que se esticou para evitar o golo dos visitantes.

Ainda assim, a Académica aproveitou o facto de o Petro de Luanda baixar as linhas e procurou a todo custo "encostar" os tricolores contra a parede para o desespero de Alexandre Santos, apreensivo pelo desempenho da rapaziada. Os estudantes do Lobito mostravam que não queriam participar da festa tricolor, tal como fez referência o treinador João Pintar na antevisão.

O pior aconteceu. Aos 39 minutos, Hugo Marques inverteu os papéis, ou seja, ao invés de fazer o passe ao colega de equipa, fez questão de presentear ao ala direito da Académica, Ramiro, que não teve a melhor forma de agradecer a não ser marcar o golo do empate. Caso para se dizer:  "água mole em pedra dura, tanto bate até que fure". O empate surgiu como um balde de água fria para os adeptos petrolíferos, que assobiavam o guarda-redes Hugo Marques pela falha cometida.

Na etapa complementar, os tricolores festejaram o empate (1-1) no dérbi do leste entre o Desportivo da Lunda-Sul e o Sagrada Esperança da Lunda-Norte. O Petro de Luanda só dependia de si mesmo para terminar a primeira volta na liderança.

Com o objectivo de mudar o ritmo do jogo, o professor João Pintar foi o primeiro a mexer no xadrez, com as entradas de Bruno, Makusa e Valdimir.

Uma segunda parte marcada pelo equilíbrio, com maior destaque para os lobitangas, na qual detinham maior numero de posse de bola e jogadas de perigo diante de um Petro que parecia entregar o ouro ao bandido.

Aos 70 minutos, Samuel teve a oportunidade de fazer o segundo para a Académica, mas o cabeceamento foi fraquinho demais para assustar Hugo Marques.

Sem grandes esperanças, alguns adeptos abandonaram o Estádio Nacional 11 de Novembro com um semblante de tristeza pelo facto de verem a liderança perdida naquele instante.

Quando todos achavam que o empate estava destinado, num toque de mágica e ousadia, Jaredi acreditou e, no meio da rua, apontou um golo que nem mesmo o guarda-redes Nuno teve hipóteses para a defesa. Estava feito o segundo para os tricolores aos 88 minutos.

A Académica até tentou a sorte, mas já não havia tempo de sair de Luanda com um ponto na bagagem, situação que provocou a decepção e dor aos atletas, depois de se baterem com a equipa mais titulada do país.

Com este resultado, o Petro de Luanda termina a primeira volta na liderança do Girabola com 34 pontos, seguido do Desportivo da Lunda-Sul com 33 pontos. Ao passo que a Académica do Lobito é o décimo classificado com 15 pontos.