Por se tratar de um voo charter, ou seja, sai o avião directo de Abidjan para Luanda, a delegação angolana abandonou a ideia inicial de fazer a rota Abidjan/Lomé/Luanda, como estava inicialmente previsto.

Até ao momento em que redigíamos estas linhas havia a certeza de que toda a delegação angolana viria junta a Luanda, ou seja, que nenhum membro da equipa técnica ou atleta sairia de Abidjan para os países de residência.

O Jornal de Angola soube que, horas depois da eliminação dos Palancas Negras, alguns clubes estabeleceram contactos para saber quando os seus atletas teriam de volta, o que gerou um certo mal-estar no seio da delegação angolana, porquanto era ideia da Federação Angolana de Futebol que toda a delegação viajasse junta a Luanda.

Num primeiro momento a FAF aceitou ceder, inclusive colaborou e concordou em autorizar a partida de um único jogador, mas depois teve de repensar na decisão tomada para evitar abrir um precedente, tendo em conta que outros atletas também se sentiriam no direito de exigir o mesmo tipo de tratamento, ao verem partir mais cedo os colegas que estiveram envolvidos no CAN.

Ainda assim, a Federação Angolana de Futebol achou extemporâneo o desejo dos clubes de ter de volta os atletas, porque mesmo com a eliminação dos Palancas Negras ainda há tempo mais do que suficiente para estes regressarem aos clubes e serem utilizados, se necessário for, na próxima jornada dos respectivos campeonatos.

Por se tratar de um CAN, a FIFA estabelece um período mais alargado para os atletas regressarem aos clubes, porque é uma competição organizada pela CAF, ou seja, com excepção dos que jogam no continente, os demais podem regressar mais tarde aos seus clubes. 

Antes do início do CAN-2023, algumas federações e clubes fizeram acordos previstos na lei da FIFA, motivo por que alguns atletas só chegaram a Côte d’Ivoire depois de a competição terminar, o que significa que os jogadores em causa não participaram dos estágios das suas selecções.