A vitória foi consolidada no segundo tempo, depois de uma primeira parte renhida, em que o conjunto angolano só se superiorizou nos minutos finais.

É a quinta final consecutiva da Selecção, depois das edições de 2007, 2011, 2015 e 2019. O andebol feminino marca a nona presença nos Jogos e disputou as finais de 1991, 1995 e 1999. Em 2003, a equipa teve uma "escorregadela", na meia-final, diante das camaronesas, e terminou o torneio no terceiro lugar.

O jogo de ontem foi de duas caras. Uma primeira parte de equilíbrio, que deixou apreensivos alguns integrantes da missão angolana. A segunda metade foi de domínio total das angolanas que, diga-se, se mostraram melhores na condição física.

 Ao intervalo, o marcador registava 16, para Angola e 11, para os Camarões. Lideradas por Isabel Guialo "Belinha”, as campeãs africanas partiram para uma segunda parte determinadas a exibir o melhor de si.

A guarda-redes Marta Alberto esteve em grande e contagiou o resto do grupo. Aos poucos, a diferença no marcador mostrou quem era mais forte na quadra.

"Uma meia-final é sempre difícil. Que venha a final. Estamos preparadas para qualquer adversária”, disse Natália Bernardo, no final do encontro.

O treinador Carlos Viver repetiu, com outras palavras, o discurso optimista de Natália."Na primeira parte tivemos muitos problemas, do nosso próprio jogo e também da arbitragem. Depois do intervalo, a equipa recuperou a confiança e esteve bem. Julgo que merecemos estar na final”, sublinhou.

Na final marcada para amanhã, Angola defronta a República Democrática do Congo.  Ontem, a RDC derrotou a Argélia. Até ao momento, o "sete” nacional soma quatro vitórias, 155 golos marcados e 60 sofridos.

Na primeira fase as Pérolas derrotaram o Burkina Faso (47-13), Ghana (35-13) e (38-18) Argélia.