O Petro de Luanda está obrigado a fazer pela sua vida para somar os três pontos esta tarde e manter a pressão sobre o Desportivo da Lunda-Sul, que só tem mais uma partida em atraso, diante do Sagrada Esperança.

Se vencerem, os tricolores ficam a um ponto do líder, objectivo que não conseguiram alcançar no confronto directo, na passada quinta-feira, em pleno Estádio 11 de Novembro. Agora que a corda tende a arrebentar do lado mais fraco, o campeão nacional sabe que até o empate pode não ser bom resultado, a julgar pela passada dos rivais directos.

O Petro de Luanda vai com tudo ao Ombaka, mas nada, melhor do que aguardar para ver se o barril vai subir ou não de cotação. Vencer é obrigatório, por isso não importa se será com muita ou pouca dificuldade.

Longe do campeonato ideal, a equipa orientada por José Silvestre "Pelé" está a ver a banda a passar. Os dezoito pontos somados em treze jogos dissipam todas as dúvidas sobre o actual valor competitivo dos verdinhos. A partir da fraca pontuação dá para ver que a margem de erro dos com ou sem vontade é nula.

A precisar de jogar aberto, o Wiliete sabe que diante do Petro de Luanda é quase uma morte anunciada deixar muitas pontas soltas, mas não existe um outro jeito mais aceitável de aumentar as chances de derrotar o visitante. Apostar no contra-golpe é sim uma opção, mas tem as suas desvantagens. A principal delas tem a ver como o campeão nacional gosta de colocar os freios nos oponentes para conduzi-los aonde quiser.

O Wiliete gosta de replicar ao Petro. Este ingrediente é bem capaz de fazer toda a diferença na atitude competitiva dos contendores. Verdinhos e tricolores sabem que a rivalidade está à porta, mas se vai entrar ou não, depende na íntegra daquilo que cada um deles continuar a fazer em campo, como, por exemplo, no duelo desta tarde.

Por motivos óbvios, é importante que a equipa da arbitragem faça tudo o que estiver ao seu alcance, para não ser o protagonista em campo. Infelizmente, nos jogos entre verdinhos e tricolores, no Ombaka, há quase sempre dedo acusador contra os árbitros, via de regra a queixa é a mesma: protecção ao mais forte!

Estádio Álvaro Buta

Uma hora antes da bola rolar em Benguela, há o São Salvador do Kongo – Académica do Lobito, no Estádio Álvaro Buta, jogo que é capaz de fazer o primodivisionário trocar de posição com os estudantes, se somar os três pontos. O esperado salto vai permitir a equipa da casa sair da décima segunda para a nona posição, aliciante e grande demais para valer todo o esforço possível.

Ainda bem que os estudantes estão cientes das consequências nefastas da ultrapassagem do anfitrião, motivo por que devem estugar o passo em campo para impedir que o oponente desta tarde termine a primeira volta em grande estilo.

A pressão de vencer cerca os dois contendores de todos os lados, mas a Académica do Lobito não pode fugir da responsabilidade de provar que a antiguidade no Girabola é um posto intocável! O São Salvador está a aprender com o amor cruel, a derrota. A pontuação é fraca demais para a meta da manutenção.

Ainda assim, a equipa orientada por Finda Mozer pode dar um salto na classificação se reprovar os estudantes, ambição ao alcance do anfitrião, desde que consiga ser novamente o rochedo oculto que, às vezes, tem causado dissabores aos visitantes no Álvaro Buta.

Sem as exigências da fase de grupos da Taça da Confederação, a Académica do Lobito pode começar a mostrar aos outros o que aprendeu nas afrotaças. A formação orientada por João Pintar é a que tem mais jogos em atraso no Girabola, quatro a contar com o desta tarde, o que significa que podem aspirar muito mais na classificação, porque estão diante de doze pontos em disputa.