Economia

Qualificação técnica nas prioridades

Hélder Jeremias

Jornalista

O compromisso do Executivo em promover a capacitação de técnicos nacionais de análise laboratorial foi reiterado, ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor. Esta medida é já no quadro da estratégia com vista a equilibrar a balança comercial por intermédio da exportação de produtos refinados.

04/05/2024  Última atualização 12H25
Jânio Correia Victor abordou plano de acção do sector © Fotografia por: Francisco lopes | edições novembro

O dirigente prestou estas declarações aos jornalistas à margem do II Seminário sob o lema "Impacto da Actividade Laboratorial no Desenvolvimento da Actividade do Sector", realizado no auditório do Instituto Superior Politécnico de Tecnologia e Ciências (ISPTEC), numa iniciativa do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

Jânio Correia Victor proferiu o discurso de abertura, em representação do ministro Diamantino Azevedo. Frisou que a actividade mineira, tanto na especialidade dos hidrocarbonetos quanto nos demais segmentos das indústrias extractivas, depende, em grande medida, da fiabilidade de dados laboratoriais produzidos nos laboratórios, para que os resultados sejam condizentes com as metas e compatíveis com os investimentos.

O secretário de Estado aproveitou para  expressar o seu agrado pelos resultados plasmados nas apresentações feitas por altos técnicos da Endiama, Sonangol, ISPTEC, Instituto Nacional de Petróleos (INP), Laboratório Geocientífico Central de Luanda, DNFCL. Sublinhou que os dados vão ao encontro com um dos eixos do Plano de Desenvolvimento Nacional, emanado das orientações do Titular do Poder Executivo.

"O Executivo  criou esta simbiose de laboratórios no sentido de conferir capacidade aos meios técnicos e humanos que existem no país, na perspectiva de dotá-los de idoneidade para obterem as certificações internacionais para que, num futuro próximo, as análises das amostras das empresas nacionais e estrangeiras a operar em Angola sejam processadas nos nossos laboratórios”, augurou.

"Bons” laboratórios

Jânio Correia Victor sublinhou que apesar de o país já estar "bem servido” em termos de laboratórios, as potencialidades ainda não podem ser exploradas ao máximo, porque o capital humano representa o elemento primordial entre os factores de produção, mas o quadro será invertido em função da forte aposta na formação de jovens em diversas especialidades.

O envio das amostras para processamento no exterior, avançou o secretário de Estado, tem a ver com as especificidades técnicas em termos quantitativos  e qualitativos  em que  o nosso mercado ainda não domina. Porém, assegurou,  foi com esta visão que se deu primazia na capacitação, para que haja um equilíbrio entre o  factor máquinas e a componente humana, necessárias para atingir-se a eficiência pretendida.

Ao concluir o dirigente assinalou que o investimento tem escopo no  segmento da petroquímica, com destaque para as refinarias, numa altura em que está em esboço o campo petroquímico do Lobito, cuja refinaria vai albergar o campo petroquímico no qual serão processados todos os produtos finais  na cadeia de valor do petróleo bruto de grande consumo no fabrico de objectos de uso diário.

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