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São Tomé e Príncipe: Jornalistas são contra limitação à liberdade

Jornalistas santomenses de órgãos públicos consideraram, na sexta-feira, que a influência política tem condicionado a liberdade de imprensa, associada ao fraco salário e à falta de meios, o que o Governo rejeitou, prometendo melhorar as condições de trabalho.

06/05/2024  Última atualização 11H22
Jornalistas guineenses insurgem-se contra influência política © Fotografia por: DR

O presidente da Associação dos Jornalistas Santomenses (AJS), Juvenal Rodrigues, disse que "a situação dos profissionais e colaboradores dos órgãos de comunicação social, particularmente os estatais, é deplorável, o descontentamento está alastrado, a motivação nos níveis mais baixos e a desesperança é uma manta pesada", pelo que, "neste cenário, é difícil prestar um serviço público de qualidade".

No entanto, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, que tutela a comunicação social santomense, assegurou que "o Governo assinala com preocupação todas as formas de limitação à liberdade de imprensa, pois tem a consciência e a certeza de que o pluralismo e a democracia pagam importantes tributos à liberdade de imprensa, à imprensa livre e ao profissionalismo".

"O Governo sabe bem que não há país no mundo que se tenha desenvolvido de forma duradoura, consistente e sustentável impedindo a comunicação social de fazer o seu trabalho e isso inclui, para além do não cerceamente da actuação e de consciência, a criação de condições laborais condignas para o exercício da profissão, com melhores instalações e equipamentos,  formação sólida e capacitação, melhores condições salariais", defendeu Lúcio Magalhães. O Governante, que discursava citado pela Lusa numa conferência realizada em São Tomé para assinalar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, alertou que "o Jornalismo desregrado e sensacionalista, destrutivo ou de escândalo deve ceder lugar ao Jornalismo de pesquisa, de investigação, de interpretação reflectida" e "deve ser sempre que possível analítico e explicativo".

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