A jornada, diga-se de passagem, ficou marcada pela não realização daquela que seria a partida de maior cartaz, entre Petro e 1º de Agosto, em face do envolvimento da turma petrolífera na competição africana, em que foi a Lubumbashi defrontar o TP Mazembe, com quem empatou, sem golos, em jogo da primeira-mão da Liga dos Campeões.

Porém, descontado este pormenor, a bola rolou pelos campos do país, tendo o Desportivo da Lunda-Sul desperdiçado a oportunidade de tirar proveito da ausência do Petro, para reassumir a liderança, ao consentir empate (1-1) diante do Bravos do Máquis, no próprio reduto. Ou seja, no Estádio das Mangueiras, em Saurimo.

Assim, mesmo não ter jogado o tricolor ficou beneficiado, devendo tudo fazer na quarta-feira, quando for ao Uige defrontar o Santa Rita de Cássia, para a 17ª jornada, para dilatar a diferença pontual, já que à saída da jornada do fim-de-semana as duas estão, classificativamente, "excetuo” com 34 pontos.

Será importante as equipas não perderem de vista que o torneio entra agora para o turno mais decisivo, em que só quem tem unhas toca guitarra. Os desperdícios não devem ser consentidos, porque a seguir não mais haverá outra fase que possa propiciar oportunidades correctivas e de recuperação.

Quem reentrou de forma retumbante, é sem dúvidas, o Sagrada Esperança, que recebeu e venceu o Santa Rira de Cássia, por convincentes 3-0.  Claro está, não subiu de lugar classificativo, mas totalizou os mesmos 34 pontos que têm petrolíferos e lundas. Temos, neste caso, um trio que partilha a liderança, com iguais 34 pontos, o que pode ser sinal, inequívoco, de uma segunda volta electrizante.

Com o actual posicionamento classificativo, fica claro que teremos uma segunda volta de surdos, em que a disputa, pelo primeiro lugar, pode assumir contornos incalculáveis, entre equipas que têm como foco único a conquista do título. A evolução da prova terá muito a dizer, sendo apenas uma questão de esperar para ver.

Bem, também, entrou o Wiliete de Benguela, que não se quer ver distanciado do bloco de frente. E foi mais ousado, ao ir até ao reduto do Recreativo do Libolo, a quem venceu por 2-0, resultado que lhe permitiu dar um passo virtuoso na classificação, ocupando, por ora, a sexta posição na tabela.

Se o resultado engorda o pecúlio de uns, emagrece de outros. Neste caso, quem sai mal da jogada é a formação do Cuanza-Sul, que vai de mal a pior. Com esta derrota, o Libolo é cada vez mais último, ocupando o incómodo último lugar, que não dignifica uma formação que já falou alto na prova, com quatro títulos no palmarés.

O Recreativo do Libolo precisa rever um conjunto de factores, a ver se consegue encetar uma recuperação nesta segunda volta, que permita, ao menos, evitar a descida de divisão, que, de resto, parece eminente. Mas, vamos acreditar que ainda há muitos jogos e pontos por disputar, que bem aproveitados podem livrar do cataclismo, da hecatombe, do descalabro.

O Interclube, por sua vez, tratou de tirar a barriga da miséria, e venceu, em casa o Desportivo da Huíla por 1-0. Subiu para a 10ª posição, afastando para longe o espectro da despromoção, que assombra equipas que se situam, classificativamente, a baixo dos dez primeiros colocados.

Retumbante, foi a vitória do Kabuscorp do Palanca, na deslocação a Cabinda. A turma do Palanca venceu ao Sporting por 4-2, aproximando-se ao trio de liderança, agora com uma diferença mínima de quatro pontos.  Em resumo, a segunda volta terá muito a dizer...