" Lamentavelmente, os atletas da selecção nacional de MMA foram coagidos a competirem em condições desiguais, onde atletas profissionais foram autorizados a participar de competições amadoras, violando não apenas as regras e a ética da Carta Olímpica, mas também a colocar  em risco a integridade física dos participantes".

Nos torneios de luta, como MMA ou boxe, a toalha branca é usada pelos córneres (treinadores e assistentes do lutador), como sinal de rendição ou desistência. Ocorre quando um lutador fica em dificuldades extremas na luta e o córnere percebe que não pode mais continuar, ou está em perigo de sofrer danos sérios. É uma forma de protecção do lutador.

A FAMMA denunciou, no mesmo documento, a obrigação de celebração de acordos, imposta aos atletas.  "Além disso, os organizadores impuseram restrições injustas aos nossos atletas, obrigando-os a competir e celebrar acordos de exclusividade, o que é inaceitável".

A nota de repúdio termina por considerar "difícil" a decisão de retirar os atletas dos jogos.

"Diante desta situação, a Federação Angolana de Artes Marciais Mistas tomou a difícil decisão de retirar os seus atletas dos Jogos Africanos, em respeito à integridade e dignidade dos mesmos".

De acordo com José Sousa, um dos responsáveis técnicos da selecção em Accra, Angola foi o único país que apresentou a reclamação e acabou por abandonar a competição. "Fomos os únicos, as outras selecções lutaram  porque levaram atletas amadores e Profissionais", disse.

O torneio de MMA nos Jogos Africanos teve carácter experimental e contou com as participações do Benin, Burkina Faso, Côte d'Ivoire, Egipto, Ghana, Líbia, Maurícias, Nigéria, Sudão, Togo e Uganda.