Argélia, Tunísia, Egipto e Marrocos chegaram à competição com o rótulo de fortes candidatos ao título, mas, no relvado, as coisas foram diferentes para os representantes daquela região do continente berço da humanidade.

As quatro selecções dividiram o mal pelas aldeias, ou seja, deixaram a prova em fases dispersas. Duas foram eliminadas na fase de grupos, Argélia e Tunísia, enquanto o Egipto e o Marrocos partiram  regressaram à casa nos oitavos-de-final.

A eliminação do Marrocos, aos pés da África do Sul, por 2-0, nos oitavos-de-final, na passada terça-feira, confirmou o mau momento que atravessa o futebol árabe.

Antes tinha sido afastado o Egipto, frente à República Democrática do Congo (RDC), através da decisão da marca das grandes penalidades (7-8), após a igualdade, 1-1, no tempo regulamentar.

Os faróis são os maiores vencedores do Campeonato Africano das Nações, com sete títulos, mas ressentiram da lesão contraída pelo capitão e avançado Mohamed Salah.

A federação egípcia deixou bem claro que o técnico português Rui Vitória não cumpriu com as promessas feitas e a confiança nele depositada.

A Argélia ficou na fase de grupos, numa série dominada pelas Palancas Negras. Burkina Faso e Mauritânia apuraram-se igualmente, enquanto as Raposas do Deserto falharam o objectivo de voltar a conquistar o título em 2019.

A prestação negativa de Riyad Mahrez e companheiros resultou no despedimento do seleccionador Djamel Belmadi, considerado herói, face à consagração de 2019.

A Tunísia foi igualmente a última classificada no seu grupo, do qual fizeram parte Mali, África do Sul e Namíbia. Curiosamente, os dois primeiros continuam na competição, apurados para os quartos-de-final. O seleccionador Jalel Kadri não mereceu a confiança da federação tunisina para continuar a liderar o grupo.

Os representantes do Norte de África deverão fazer uma avaliação sobre o que terá ocorrido para somarem resultados pouco convincentes, quando selecções menos cotadas no continente continuam a esbanjar o perfume na competição, com possibilidades de chegar ao pódio. São os casos de Angola, Cabo Verde, Guiné, Mali e África do Sul.