A ala esquerda foi vítima de paludismo, aos 55 anos, depois de muitos dias de luta pela vida.

Sidónio Miranda, irmão da malograda, assegurou ao Jornal de Angola que "tudo começou na semana passada, quando se queixou de dores no estômago”.

"Depois de exames, constatou-se paludismo e passou a fazer a medicação. Infelizmente, não houve evolução, trocou de medicação, mas foi a óbito na noite de sexta-feira”, afirmou.

O desaparecimento físico de Silas abalou a família de futebol, em especial a de feminino. Alguns agentes contactados foram unânimes no reconhecimento do desempenho em campo.

"Silas integrou as equipas da Boavista e da Sucanor com muita competência. Era uma atleta muito fugaz na sua posição, o que lhe levou a integrar a primeira Selecção feminina angolana de futebol”, recordaram os irmãos Miguel e António Afonso.

Em 1993, Silas convenceu o treinador Chico Ventura durante as eliminatórias para o Campeonato Africano das Nações de 1995. A "raça” imprimida no grupo garantiu-lhe um lugar cativo nas terras de Nelson Mandela.

Com Silas, estiveram Fofa, Beth, Guigui, Fofaná, Dikson, Bela, Lineth, só para citar essas. A par da prática do futebol, Silas conciliava com a Polícia Nacional. No seu histórico ficam "as punições recebidas no quartel por dar prioridade à bola”. É fruto desse amor que a tornou uma participante do movimento da massificação de futebol feminino em Luanda.

Silas nasceu a 14 de Fevereiro de 1969 em Luanda. Para a história, ficam as carreiras de uma desportista excelente e de uma oficial da Polícia Nacional com a patente de Inspector.