A equipa angolana para passar a outra fase da competição depende da (in) nesperada ajuda do líder Zamalek do Egipto, que também tem de vencer no reduto do Abu Salim da Líbia, para manter vivo o sonho de assegurar a continuidade na prova.

Em piores condições está a Académica do Lobito. O segundo representante do país na referida competição, está arredado da fase seguinte, pois, soma apenas derrotas e hoje recebe o Rivers United da Nigéria, às 17h00, no Estádio 11 de Novembro, para cumprir calendário.

Os diamantíferos têm algumas chances de reacender a chama de qualificação, mas ao verem o Zamalek com 10 e Abu Salim com 9, claramente que têm poucos motivos para acreditar que a esperança é a última a morrer. Mesmo que tapem os ouvidos para não escutar nada do que estiver a acontecer no outro jogo, fica claro que só ganhar não basta para a equipa angolana reentrar nas contas da qualificação, pelo facto de continuar a depender de terceiros.

O SOAR não aparenta ser, mas é mesmo o parente pobre da Série B. Por isso, o Sagrada Esperança não pode jogar com um coração dúplice, ou seja, até pode não chegar para muita coisa, mas não pode deixar os seus créditos em mãos alheias.

Mais do que o desânimo de ver Zamalek e Abu Salim a saírem da ronda já qualificados, há coisas relevantes, como o brio profissional. O jogo até pode ser para cumprir calendário, mas a equipa angolana não pode sair do relvado com duas mãos cheias de nada, ainda mais porque os guineenses só sabem perder!

Os diamantíferos têm de reluzir com três pontos. Aliás, não podem aspirar outro resultado porque o adversário é fraco e acessível. Por mais que haja revolta no seio dos anfitriões, equipa de aparição recente, os lundas têm muitos anos de estrada para aceitarem ser cobaias do lanterna vermelha.

Académia

A Académica do Lobito tem mais golos que o Sagrada Esperança nesta fase de grupos da Taça da Confederação, mas ainda não pontuou.

Os estudantes são o saco de pancada do Grupo C. Sem capacidade de reagirem a nada, há muito se sabe, que não se safam do último lugar. Nesta condição as hipóteses de surpreenderem no Estádio 11 de Novembro são remotas.

A Académica, apesar de ainda estar na fase do aprendizado, a defesa tem facilitado em demasia as contas dos adversários. Até ao momento, a equipa lobitanga sofreu 13 golos em 4 jogos. Os números mostram onde está realmente identificada a fraqueza da equipa. Como não parece haver cura possível, é bem provável que o Rivers United caia na tentação de obter um resultado volumoso.