Kabuscorp e 1º de Agosto têm, hoje, o privilégio de abrir, às 16 horas, no Estádio Municipal dos Coqueiros, a 22ª jornada do Campeonato Nacional de futebol da I Divisão. Trata-se de um jogo com os seus motivos de interesse a despeito daquilo que configura o valor que congregam, e mais do que isso, os objectivos que perseguem na prova.
A provedora de Justiça, Florbela Araújo, assegurou, ontem, em Luanda, que os órgãos da Administração Pública têm cooperado na resolução de conflitos de ilegalidade e injustiça apresentados pelos cidadãos.
O último lugar do pódio do CAN 2023 será preenchido esta noite pela África do Sul ou República Democrática do Congo. As duas selecções são equivalentes e encaixam-se perfeitamente. É por isso, que vão tentar "lamber as feridas", da final falhada, com a conquista do ainda honroso terceiro lugar no jogo que começa às 21h, no Estádio Félix Houphouet-Boigny.
A maior frescura dos Leopardos pode ser determinante para inverter o favoritismo teórico dos Bafana Bafana, que tem mais a ver com o histórico nos confrontos entre as duas selecções. Via de regra, a "South" acaba sempre por prevalecer, por conseguinte, um novo êxito esta noite vai confirmar a tendência normal do duelo entre ambos.
Os Leopardos, que foram mais consistentes ao longo do CAN 2023, aparentam ter mais qualidade individual e colectiva, mas têm de ser eficientes para impedir que o poder de recuperação dos Bafana Bafana relance o jogo e a disputa do terceiro lugar.
A RDC gosta de largura, comprimento e profundidade, pelo meio ou pelas alas consegue sempre criar jogadas de perigo. Mas, o grande problema é, muitas vezes, acertar o alvo. O ataque dos Leopardos tem de aparecer com boa pontaria, porque o guarda-redes Williams, o capitão sul-africano, quando está em dia, sim, faz defesas impossíveis.
Os Bafana Bafana estão longe de ser vistosos. A maneira intermitente como têm se exibido no CAN deixa muitas dúvidas sobre o seu verdadeiro potencial. Vontade de ir em frente a equipa realmente tem, mas depois parece que falta mais alguma coisa, porque a selecção sul-africana treme sempre quando tem de consolidar as coisas boas que faz.
As duas selecções têm motivos para estar desanimadas por falharem a final. Mas continuar a chorar pelo que deixaram escapar de modo algum vai trazer de volta o que não mais pode ser recuperado. Assim sendo, quem estiver o jogo todo com mais força mental vai conseguir o necessário para ser o primeiro a subir ao pódio, tendo em conta que os dois lugares, primeiro e segundo, apenas ficam definidos amanhã.
Os Leopardos foram terceiros em 2015, agora têm de novo a chance de repetir a proeza, mas para isto têm de ser irrepreensíveis nas acções ofensivas para impedir que os sul-africanos tirem proveito do trunfo Williams. A bem da verdade, o capitão e guarda-redes é dos principais responsáveis para a sua selecção chegar aonde chegou, fez defesas que salvaram os Bafana Bafana de derrotas que pareciam iminentes.
A selecção sul-africana depende muito do seu capitão e guarda-redes, mas tem outros jogadores interessantes, que gostam de improvisar quando as coisas ficam apertadas. É verdade que Percy Tau, Mokoena e Makgopa estão longe da qualidade evidenciada por Moutoussamy, Bakambu, Wissa ou Meschack, contudo o trio dos Bafana Bafana pode ser determinante para resolver o jogo, se os Leopardos forem negligentes na atitude competitiva.
Por mais que a RDC aparente ter mais soluções, em todos os sectores, é importante jogar com um único pensamento, caso contrário vai se dar a repetição do mesmo, ou seja, a África do Sul mais uma vez pode tirar todo o proveito possível do histórico favorável do duelo com os Leopardos.
O que aconteceu na meia-final com a Nigéria serviu de lição para a África do Sul, certamente não interessa nada aos Bafana Bafana passar pelo terceiro prolongamento consecutivo. Se quiser evitar arrastar a decisão para lá do tempo regulamentar, a selecção sul-africana tem de ser tão eficiente como foi contra a Namíbia, desperdiçar muito pode arruinar os planos para o terceiro lugar.
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