"É incrível. Parecia um sonho tão distante e hoje aconteceu. Nem tenho palavras. Quero só agradecer à minha família, mãe, irmã, sobrinhos e cunhado. E à minha família emprestada do Pig Dog (surf camp do treinador John Tranter), que me têm apoiado nos momentos difíceis", declarou Yolanda, em lágrimas.

Portugal assegura assim a segunda presença olímpica na modalidade, que não decorrerá nas costas de França continental, mas no Taiti, na polinésia francesa, depois de Teresa Bonvalot já ter igualmente garantido que repetiria a experiência através do Circuito Mundial da WSL.

Yolanda venceu a bateria da ronda 4, enquanto Teresa foi relegada para as repescagens, mas ainda com hipóteses de seguir em frente na competição. Quem não continua em prova foi Francisca Veselko, eliminada na ronda 4 das repescagens pela israelita Anat Lelior e pela brasileira Luana Silva.

Quanto ao sector masculino, os portugueses Guilherme Fonseca e Frederico Morais disputaram com sucesso as rondas 4 e 5 das repescagens, mas ainda terão de ultrapassar seis baterias para atingirem a final da repescagem e lutar por um lugar na final das medalhas, assim como para carimbarem o visto para Jogos.

"Queríamos muito e trabalhámos muito para que isto acontecesse. Ainda temos mais vagas para conquistar, o Kikas e o Guilherme ainda estão em prova e a Teresa e a Yolanda ainda podem ganhar o título feminino, o que nos garantiria mais uma vaga também. Estamos eufóricos", declarou o presidente da Federação de Surf de Portugal, João Aranha.   

Para Tóquio-2020, onde a modalidade se estreou a nível olímpico, Portugal qualificou três surfistas, mas apenas Yolanda Hopkins (5.ª) e Teresa Bonvalot (9.ª) competiram, enquanto Frederico Morais, que estava apurado.