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Zimbabwe restringe reuniões públicas devido ao surto de cólera

O Governo do Zimbabwe anunciou, quinta-feira, medidas de controlo rigorosas sobre as reuniões públicas, especialmente as religiosas, face ao surto de cólera que já matou pelo menos 550 pessoas desde Setembro passado.

30/03/2024  Última atualização 14H25
Jenfan Muswere é o porta-voz do Governo zimbabweano © Fotografia por: DR

"No período que antecede às férias da Páscoa, o Conselho de Ministros deu instruções ao Ministério da Saúde para intensificar o controlo e a supervisão de todas as reuniões públicas para minimizar a propagação da cólera", anunciou em conferência de imprensa citada pela Reuters o ministro da Informação e porta-voz do Governo, Jenfan Muswere.

"O Conselho de Ministros ordenou, ainda, que, no futuro, não se realizem reuniões da igreja sem que os líderes instalem furos, bem como infra-estruturas de saneamento", acrescentou. O Presidente Emmerson Mnangagwa ordenou a instalação de furos alimentados por energia solar nos locais onde se realizam, frequentemente, reuniões públicas para "garantir o fornecimento de água potável e saneamento", disse o porta-voz. Além disso, de acordo com Muswere, "todas as reuniões devem obter autorização prévia das autoridades sanitárias", com o objectivo de travar um surto que já registou cerca de 29 mil infecções desde o ano passado e se espalhou pelos 64 distritos do país. Em 2008, o Zimbabwe sofreu um surto de cólera que matou mais de 4 mil pessoas e infectou cerca de 100 mil em todo o país.

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