Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
É sempre bom porque é bonito e é sempre bonito porque é bom. Aquelas palavras de ordem antigas de UM SÓ POVO E UMA SÓ NAÇÃO, pegaram de estaca. Lembro-me na cadeia do Aljube da polícia política portuguesa, sempre que possível tagarelarmos sobre o futuro. Que me lembre, nunca recordamos as conquistas desportivas. E foi rápido depois da Dipanda. Potência africana de basquetebol (o colono não era bom nisso e aqui não tem lusofonice).
Agora chamam-nos potência regional emergente e "batem palmas as palmas das palmeiras”, como escreveu o poeta Tomás Vieira da Cruz. Foi difícil vencer tantos obstáculos, a meio de erros importados, como daquele cerimonial da passagem de testemunho do falecido Dos Santos para o actual Presidente. O apresentador repetia frases e parecia que não sairíamos dali nesse dia. Foi assim no antigamente dos cortejos que assustavam o povo. E tantos mais erros, mas chegamos aqui.
Estou a olhar para um artigo (tese) de Aida Pegado na revista MULEMBA, "ANGOLA COMO POTÊNCIA REGIONAL EMERGENTE. ANÁLISE DOS FATORES ESTRATÉGICOS.
No Quadro I – âmbito interno
Potencialidades
• O "Angolano” como potencial estratégico;
• Geografia;
• Localização geoestratégica;
• Recursos naturais;
• Produtor de petróleo;
• Abundância de recursos hídricos;
• Poder politico;
• Forças Armadas;
• Influência externa.
Quadro II- Âmbito externo
Oportunidades
*Expansão para novos mercados devido ao petróleo;
*Acesso aos mercados da SADC;
*Dupla projecção de poder na SADC e CEEAC:
*Influência militar na região dos Grandes Lagos;
*Papel de liderança na manutenção da paz e segurança no Golfo da Guiné;
*Participação actuante nas instituições políticas multilaterais – ONU, EU, FMI, BM, Unesco, PNUD, Unicef, UA, CPLP e outras;
*Recursos hídricos nacionais que constituem fontes energéticas para países terceiros;
*Diplomacia pública, fundamental para a prossecução dos objectivos da política externa.
Mas como não há bela sem senão, do lado direito vem as vulnerabilidades e as ameaçasque não vão caber aqui mas, de qualquer forma, são um leque sempre variável que pode mudar, agora os rios, a geografia e o subsolo, isso não muda, passe o meu angolanismo.
Mas o que me aflige é o aumento da dívida pública. O petróleo bruto (pois ainda se não refina, vende-se e compra-se), os diamantes, a substituição de importações com a produção de bens alimentares em agricultura extensiva que vemos em grandes fazendas, mesmo assim a nossa dívida aumenta.
O economista Eduardo Manuel entende que "o aumento da dívida pública deve-se ao facto de as receitas fiscais e outras receitas do Estado, não estarem a conseguir não só reduzir a dívida pública já existente, mas também honrar com os compromissos actuais que o Estado tem com os credores nacionais e internacionais.” Acrescenta que muitos investimentos feitos pelo Estado ainda não estão a gerar as receitas previstas.
Atente-se que a maka é global. Aquela senhora muito linda do FMI não para de fazer o mundo dançar a kizomba do juro…
Repare-se que Angola não é como os países antigos que arrecadaram dinheiro graças ao trabalho escravo dos impérios. Estamos a construir um sistema, isto é, um conjunto de estruturas sólidas que possam resistir ao tempo, ficarem para, a partir desse sistema, construirmos outras políticas e formas de vida melhores para o nosso povo.
Faltam as autarquias para controlarem os governos provinciais, por vezes, verdadeiros feudos que eu vivi e conheci, por exemplo no Lubango Nazarista.
É necessário uma diminuição na despesa pública e definição do salário mínimo, quem ganha mais é estimulado a produzir mais e contribuir para a melhoria da riqueza nacional. E também é preciso um controlo dos bancos em ordem a servirem melhor o país e o seu acumulado, merecer uma melhor atenção fiscal.
Na China correu tudo bem, parece. E o americano não gostou. As sentenças são como caporroto. Beber pouco e às vezes fingir como eu fazia na União dos Escritores Soviéticos. Aqueles copázios de uma vez…corrompi o empregado que me servia e ele deitava água em vez de vodka, dasdrovia!
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LoginA ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Trata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
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