Economia

ADRA defende segurança alimentar com maior qualidade

Massoxi Paxe

A Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) quer que a produção de alimentos no país priorize a qualidade como parte do processo de segurança nutricional e alimentar.

13/02/2024  Última atualização 09H42
Os indicadores da produção nacional dão garantias da diminuição da importação de alimentos © Fotografia por: Vigas da Purificação | Edições Novembro

Estas declarações foram feitas à margem de um recente seminário, que apreciou, em Luanda, a estratégia nacional de segurança nutricional e alimentar, pelo director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA).

Carlos Cambuta fez saber que a segurança alimentar e nutricional deve acompanhar a qualidade como aspecto inerente à produção.

O responsável referiu que, para se atingirem estes níveis, é necessário produzirem-se alimentos com qualidade, porque a questão da saúde depende, essencialmente, da alimentação consumida.

Segundo Carlos Cambuta, para a produção de alimentos que reúnam qualidade, todos os intervenientes do sistema alimentar devem adoptar boas práticas de cultivo, entre as quais a utilização de adubos orgânicos.

 
Contributo

Para o líder da ADRA, no contexto de Angola, deve-se com alguma urgência constituir e manter funcional o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, para levantar questões concretas sobre esse importante tema.

Um outro aspecto a ser considerado, conforme explicou Carlos Cambuta, tem a ver com o facto de alguns cidadãos ainda consumirem alimentos baseados nos seus hábitos e costumes.

Para a ADRA, apesar de o país ainda não estar avançado em matérias do género, em comparação com outras geografias, precisa-se, igualmente, desenvolver discussões com alguma metodologia, de tal modo a evitar grandes defeitos.

Já sobre a implementação de uma metodologia segura para o programa, sugere que se analise antes, de forma ampla e abrangente com todos os sectores do território nacional, incluindo os departamentos ministeriais que vão possibilitar prestar maior atenção às outras dimensões que não sejam apenas o de produção.

"A taxa de insegurança alimentar na província da Lun-da-Norte, por exemplo, está na ordem dos 26 por cento, o que quer dizer que em cada dez cidadãos três não têm acesso aos alimentos com o mínimo de qualidade exigível”, disse.

Carlos Cambuta referiu ainda que face a esta situação, a ADRA vai levar uma série de contribuições relacionadas ao financiamento das comunidades junto do Ministério da Agricultura e Florestas e outros parceiros.

 
Produção interna

De acordo com o director-geral da ADRA, Carlos Cambuta, a dinâmica assenta na promoção da produção interna para satisfazer a demanda, "porque temos sentido uma redução significativa na capacidade de importação”. Apesar do trabalho de base que ainda está a ser feito, a perspectiva é boa, e para que o programa se concretize, é necessário que sejam melhoradas, também, as vias de acesso e o apoio de nutricionistas, associação de cozinheiros e pasteleiros, do Ministério dos Transporte e outros.

Luanda acolheu, recentemente, o II Seminário de Revisão da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional organizado pelo Ministério da Agricultura e Florestas e parceiros.

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