O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Os Estados Unidos podem disponibilizar 3,5 milhões de dólares para Angola aprimorar e modernizar infra-estruturas e a gestão de políticas públicas. A informação foi avançada ontem pela directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, durante uma visita ao Porto do Lobito, na província de Benguela.
A Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional do Governo de Angola está a ser analisada com parceiros nacionais e internacionais, com a finalidade de ser produzido um documento melhorado e capaz de dar resposta aos múltiplos desafios do país.
Este seminário de ontem e hoje está a ser realizado com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), do Programa Alimentar Mundial (PAM), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), bem como do Programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN) da União Europeia, coordenado pela Embaixada de Portugal em Angola.
O programa vai estender-se até ao ano de 2030.
Segundo o secretário de Estado do Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF), no discurso de abertura do "Workshop de Revisão da 2ª Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional”, foram implementados pelo governo angolano Diálogos Nacionais e Regionais desde Julho de 2021, sob coordenação dos Ministérios da Agricultura, Pescas e das Relações Exteriores, com a facilitação das Agências das Nações Unidas.
Estes diálogos contribuíram na Cimeira Mundial sobre Sistemas Alimentares, bem como na definição de um percurso que visa transformar os sistemas alimentares do ano previsto na agenda de 2030.
André de Jesus Moda explicou que os diálogos foram realizados em quatro regiões, designadamente Norte do país, com as províncias de Cabinda, Zaire, Uíge, Bengo e Luanda; Centro, com as províncias do Cuanza-Norte, Malanje, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico; Centro Sul, com Benguela, Cuanza-Sul, Huambo e Bié e Sul, com as províncias do Namibe, Huila, Cunene e Cuando Cubango.
Disse ainda que a realização dos Diálogos Nacionais e Regionais de Sistemas Alimentares e consultas públicas da ENSAN II- Angola 2030, com a participação das diferentes partes interessadas, mostrou uma visão clara do Governo e dos actores nacionais em transformar o actual sistema alimentar em mais equitativa, sustentável, resiliente e saudável para todos em 2030.
"A nova estratégia prevê o estabelecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SINASAN) e a instituição dos órgãos de coordenação, que irão garantir a operacionalização territorial num ambiente de leis e políticas favoráveis à Segurança Alimentar e Nutricional a nível nacional. E, para o cumprimento desta estratégia, várias acções de sustentabilidade foram traçadas e algumas delas, passados dois anos, carecem de revisão e actualização”, justificou.
Visão da FAO
Por sua vez, a representante da FAO, Gherda Barreto Cajina, reiterou a importância significativa de abordar-se a desigualdade de género nos sistemas agro-alimentares, tendo reconhecido que a capacitação das mulheres não apenas reduz a fome, mas também impulsiona a economia e reforça a resistência a crises como as alterações climáticas.
Segundo Gherda Barreto, o compromisso com o MINAGRIF, aliado aos apoios técnicos da FAO, UNICEF, PAM e FIDA demonstra uma abordagem holística para garantir, que as estratégias não enfrentem as questões imediatas de segurança alimentar, mas também incorporem a promoção de igualdade de género em todas as etapas.
O objectivo da actualização é de promover um sistema alimentar sustentável no país, capaz de erradicar a fome, contribuir para a eliminação da pobreza, melhorar a nutrição, fortalecer cadeias de valor local, aumentar o consumo de alimentos produzidos de forma sustentável e assegurar a disponibilidade de produtos nutricionais.
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LoginA administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) visitou, ontem, antes de viajar para o município do Lobito, a cidade de Benguela. Aqui, Samantha Power enfatizou que os programas estruturantes em andamento no Corredor do Lobito e na Agricultura terão um impacto significativo, retirando milhares de pessoas da fome e da pobreza. Power destacou o lançamento da expansão de cinco milhões de dólares do projecto Mulheres na Agricultura Angolana (WAF) da USAID, que beneficiará as províncias de Benguela, Huambo e Bié. Além de auxiliar Angola, Power ressaltou que essas iniciativas ajudarão a combater a pobreza em diversas famílias ao redor do mundo.
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