De acordo com Alexandre Barroso, o lema escolhido é de grande interesse,  porque o sector continua a registar alguns constrangimentos, com realce para o declínio acentuado da produção. Daí que, acrescentou, o foco será o aumento da exploração de hidrocarbonetos.

"A produção regista um declínio anual entre 10 e 15 por cento. Para que o quadro altere, é necessário procurarmos recursos para a sua substituição”, apontou.

Destacou ser necessário a realização de pesquisas, prospecção e exploração que permitam a descoberta de novas acumulações de petróleo, que vão permitir substituir o que se tem registado na actual produção.

"Os campos petrolíferos, na sua maioria, já são maduros, daí que o declínio é natural e normal”, frisou Alexandre Barroso.

Empresários asiáticos

Por sua vez, o director da Energy Capital Power Angola, Luís Conde, reforçou que a meta é ultrapassar o número previsto, e para que tal facto aconteça os contactos continuam, sobretudo com empresários chineses, indianos e de outros países.

"As respostas têm sido positivas, porque o nosso mercado está preparado para receber investimento estrangeiro para alavancar o sector”, frisou Luís Conde, que almeja, para este ano, uma grande dinâmica do sector petrolífero.

A Energy Capital Power Angola é a subsidiária da Energy Capital Power (ECP), co-organizadora do evento em parceria com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET).

Plataforma de investimentos

A 5º edição da Conferência Internacional de Angola Oil & Gas - AOG/2024  prevê juntar, em Luanda, mais de 3.500 empresas e pessoas singulares, com o objectivo de reforçar parcerias estratégicas.

O organizador Energy Capital Power é uma plataforma global de investimentos em energia a nível de África.

No evento de dimensão internacional, além da participação de gestores que actuam no mercado angolano, estão garantidas presenças de empresas e operadores de 20 países de referência na actividade do "Oil & Gas”.

Quanto às empresas confirmadas, trata-se de parceiros estratégicos da  Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANPG), Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo, bem como da Câmara Africana de Energia.

Fazem ainda parte da lista dos confirmados, a Associação das Empresas Prestadoras de Serviços na Indústria dos Petróleos (AECIPA), Brimont, PetroWork, Cabschip, ENSA, Proteja, CALEMA, DGL, Ambipar Response, TGS, Sonangol, Afentra, TMK, E&M, incluindo  a presença de novos operadores que entraram no mercado na sequência das últimas licitações petrolíferas.

O certame reforça o papel de Angola como um dos produtores a nível do mundo, com aposta na transformação  e desenvolvimento do sector. Está, igualmente, confirmada a presença do presidente da Câmara Africana de Energia,  NJ Ayuk, que participará na sessão de abertura e realizará visitas técnicas ao Porto de Luanda e a duas refinarias.