E a presença angolana, no referido fórum que, entre outros, vai procurar prevenir e ajudar a gerir conflitos na sub-região, vai ser honrada pela experiência e "sagesse” do embaixador de carreira, Dombele Bernardo.

O acto de apresentação do Comité de Sábios da CEEAC decorreu, em Malabo, na Guiné-Equatorial, durante a XXIV Sessão Ordinária da organização da África Central, que reuniu Chefes de Estado e de Governo ou os seus representantes.

Ao lado dos restantes membros do referido painel de altas entidades diplomáticas africanas, com uma larga folha de serviço, a "figura emblemática e de referência da diplomacia angolana”, encarnada na pessoa do mais velho Dombele Bernardo, vai ajudar aos mais novos políticos, líderes e figuras com poder de decisão e influência a engajarem-se mais pela cultura de paz, diálogo, concertação, tolerância e convívio pacífico.

Espera-se que o Comité de Sábios da CEEAC tenha um papel determinante na efectivação da diplomacia preventiva, resolução de diferendos de forma pacífica, no sentido de concretizar a tão esperada integração económica entre os Estados-Membros, para o bem-estar das populações desta sub-região de que fazemos parte todos.

Na verdade, é importante que se resgate a ponte que sempre existiu entre as várias gerações, porque, como se nota hoje em dia, a ruptura na comunicação e interacção entre gerações distintas acaba por degenerar em incompreensões, conflitos, mal-entendidos e guerra.

Grande parte das lideranças que estão à frente de organizações armadas em África são jovens, além de milhares de crianças soldados que, em muitos casos, foram vítimas de sociedades em que os mais velhos deixaram de desempenhar o importante e vital papel de ponte geracional.

Tal como constou do comunicado final da XXIV Sessão Ordinária da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEEAC, é importante que a Comissão Executiva trabalhe para ver implementado um papel mais activo do Comité de Sábios junto dos Estados-Membros para ajudar a prevenir conflitos e que os Estados-membros viabilizem o funcionamento deste importante ente, num continente em que deve prevalecer a cutltura de ouvir os mais velhos.