Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
A informação avançada, na segunda-feira, ao Jornal de Angola, pelo director clínico do Serviço de Cuidados Intensivos (UCI) do Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, segundo a qual cresce o número de jovens, a partir dos 30 anos, com AVC hemorrágico e hipertensão, é muito preocupante.
Hoje, mais do que nunca, a tendência para redobrar a vigilância e cuidados com a saúde se agudizaram, na medida em que o sedentarismo, a dieta alimentar nem sempre saudável, o consumo desregrado de bebidas alcoólicas, as perdas de noite a favor da diversão, entre outros factores, contribuem para a degradação da saúde.
Não é expectável que os excessos sejam directamente proporcionais ao bom estado da saúde, sobretudo quando olhamos para os números avançados pelo médico Wilson Mpandi, quando defende a necessidade de "maior cuidado com o coração em virtude do aumento dos casos de AVC, sobretudo junto da população jovem”.
Hoje, se olharmos para o estilo de vida da maioria da população angolana, por sinal jovem, notaremos gravíssimas formas de ser e estar, no dia-a-dia, que potenciam, exactamente, o quadro explicado pelo médico, que devia servir como aviso à navegação.
Independentemente das condições sociais por que passam numerosas famílias, situação que todos sabemos e reconhecemos, determinadas práticas relacionadas com o que se bebe, o que se come, apenas para mencionar estas variáveis, acabam por ter implicações directas na saúde individual e familiar.
As famílias e pessoas singulares são chamadas a reflectir em torno da alta prevalência nacional da hipertensão e o facto de haver, cada vez mais, jovens com a patologia.
É verdade que os produtos da cesta básica conhecem uma alta dos preços, que a vida económica e social de inúmeras famílias regista uma baixa em termos de poder de compra, mas à realidade descrita não precisa de ser adicionada práticas que a agudizam como o descontrolo do teor do sal, consumo excessivo de carbohidratos e gorduras polissaturadas, uso desregrado de bebidas alcoólicas, entre outros. Um mal não pode justificar o outro, ou seja a falta de pão não deve fundamentar o recurso ao tabaco, por exemplo.
Tudo isso, aliado à ausência do hábito que devia ser normal de ida aos hospitais para os exames de rotina e a falta de exercícios físicos, acabam por complicar o quadro preocupante que temos hoje de AVC e hipertensão não controlada entre os jovens, que tende a crescer.
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