Economia

BAD angaria 750 milhões de dólares para financiar projectos ambientais

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) angariou 750 milhões de dólares nos mercados financeiros internacionais por via de uma emissão híbrida de capital, que será canalizada para financiar projectos económicos, sociais e de governação no continente.

03/02/2024  Última atualização 12H39
Instituição financeira africana aposta na resolução dos problemas ambientais © Fotografia por: DR
"Em Janeiro do ano em curso o BAD lançou uma transacção de capital híbrido com um cupão de 5,75 por cento até Agosto de 2034", angariando o interesse de mais de 275 investidores, que colocaram ordens no valor de 6 mil milhões de dólares, cerca de 5,5 mil milhões de euros, lê-se num comunicado da instituição multilateral de desenvolvimento, sediada em Abidjan.

No comunicado de imprensa, o BAD diz que esta "transacção histórica e pioneira" de quase 695 milhões de euros foi maioritariamente financiada por fundos especializados e de risco, com mais de metade do total, seguido de gestores de activos e bancos centrais e instituições oficiais.

"A iniciativa foi recebida com entusiasmo no mercado por uma grande base de investidores", comentou a vice-presidente e directora financeira, Hassatou N'Sele, acrescentando que "abre caminho para o BAD e outros bancos multilaterais de desenvolvimento com rating AAA alavancarem ainda mais o seu capital de base, para aumentar o apoio à África e ao mundo em desenvolvimento, que enfrentam múltiplas crises e desafios de desenvolvimento a longo prazo, num contexto de recursos limitados".

A transacção de Segunda-feira marca uma década de emissão de títulos na área do ambiente, social e de governação, conhecida pela sigla em inglês ESG, que é cada vez mais importante num contexto de necessidade de adaptação e mitigação às alterações climáticas.

"Os títulos serão emitidos num formato de Obrigação Sustentável, ao abrigo do Quadro de Obrigações Sustentáveis 2023 do Banco e serão alavancadas através de novas obrigações verdes ou sociais", o que permitirá garantir "uma capacidade de empréstimo adicional para financiar projectos ambientais e/ou sociais", aponta-se ainda no comunicado.

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