Economia

Boa colheita provoca queda no preço do feijão

José Chaves/Andulo

O início da colheita está a provocar a queda do preço do quilograma de feijão nos municípios do Andulo e Nharêa, na província do Bié.

20/02/2024  Última atualização 08H11
O Bié já foi considerado um dos s principais celeiros do país na produção de grãos © Fotografia por: DR

Segundo constatou o Jornal de  Angola  numa ronda efectuada nesta região do centro do país, o preço do feijão registou uma queda nos últimos dias nos municípios do Andulo e da Nharêa.

Segundo os especialistas, os preços do grão estão a  cair por causa do início da colheita do feijão.

No passado mês de Dezembro do ano transacto, o consumidor no Bié chegou a pagar 1500 kwanzas pelo quilo do feijão manteiga, o mais consumido na região, e agora custa cerca de 800 kwanzas.

No Andulo e Nharêa, os produtores de feijão estão em plena colheita.

Segundo os agricultores, as lavouras estão bastante produtivas e os preços são animadores.

Muitas fazendas estão a produzir mais feijão que nas safras anteriores.

O director municipal da Agricultura e Pescas do Andulo, Paulo Chissonde, disse que muitos camponeses apostaram, nesta época agrícola, no cultivo de feijão. Essa maior oferta fez com que os preços caíssem.

Paulo Chissonde sublinhou que a colheita da primeira safra 2023/2024 está em andamento e já pressiona as cotações.

O responsável do sector da Agricultura do Andulo destacou ainda que os dados animadores da produção de feijão no Andulo. Lembrando que, com o apoio dos técnicos da Extensão de Desenvolvimento Agrário (EDA) e da Direcção da Agricultura do Bié, os camponeses não precisam de se deslocar para a comercialização do produto.

Estima-se que, anualmente, são colhidas mais de 80 mil toneladas de feijão e, diariamente, quantidades elevadas de sacos de 50 a 200 quilogramas são escoados para as províncias de Luanda, Lunda-Norte e Sul, Moxico, Benguela, Bengo e também para o Cuando Cubango.

 
Aumentar a produção

Famílias camponesas do município do Andulo foram aconselhadas a aumentar a produtividade na presente campanha agrícola, no âmbito do Programa de Combate à Pobreza.

Em declarações à imprensa a administradora municipal do Andulo, Celeste Adolfo, frisou que face à crise internacional, os camponeses devem ampliar a produção agrícola, de modo a ajudar o Governo a conter muitas despesas.

Para a presente campanha agrícola, foram cultivados cerca de 100 hectares de terras com culturas distintas, como milho, feijão manteiga, mandioca, batata rena e doce, entre outros. O aumento da produção contribui para o êxito do Programa de Combate à Pobreza, que visa também oferecer alimentos suficientes no mercado nacional e contribui para a redução das importações.

A administradora do Andulo informou que o Governo do Bié, por via do Gabinete Provincial da Agricultura, Florestas e Pescas, na presente campanha agrícola distribuiu instrumentos agrícolas, fertilizantes e sementes diversas, de acordo com a solicitação dos camponeses

A responsável admitiu haver uma produção agrícola satisfatória a nível do município do Andulo.

"O município do Andulo, além de possuir áreas muito propícias para a agricultura, é uma região privilegiada em recursos hídricos e com zonas para a pecuária”, sublinhou.

O Bié possui largas terras aráveis,  boa localização geográfica (Centro do País), fertilidade dos solos, um enorme potencial hídrico, que são considerados factores cruciais para uma produção agrícola massiva e diversificada.

O Bié  já foi considerado um dos s principais celeiros do país, essencialmente na produção de grãos (milho, feijão, arroz, trigo e massambala), assim como de café arábica.

Ao longo da linha dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB) possuía diversos silos nas localidades do Cunje, Catabola e Camacupa.

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