Economia

Bolsa Social: Combater a Pobreza com a Criação de Riqueza

Certamente a pobreza e a riqueza representam duas faces da mesma moeda, uma simbiose de dois conceitos económico-sociais, fundamentais em qualquer sociedade e, Angola, definitivamente, não é excepção.

14/02/2024  Última atualização 12H38
O BM define a pobreza como a privação de rendimento © Fotografia por: DR
De forma mais específica, a pobreza ocupa uma dimensão bastante significativa a nível do processo de desenvolvimento dos países. Nesta vertente, a agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável estabelece 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável ("ODS”) com a ambição de "não deixar ninguém para trás”, e destaca a erradicação da pobreza, como o primeiro dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas, que determinam que a maioria das pessoas que vive abaixo do Limiar Internacional da Pobreza vive em duas regiões: Ásia meridional e África subsaariana, e caso não sejam tomadas medidas para melhorar a saúde e a educação destas pessoas até 2030, cerca de 167 milhões de crianças irão viver em condições de pobreza extrema.

Sem prejuízo das preocupações das Nações Unidas relativamente a pobreza, a questão essencial que deve dominar a agenda dos países, é:como combater a pobreza?

Nesta conformidade, a premissa fundamental de resposta a todas eventuais iniciativas de combate a pobreza, está associada a criação da riqueza. Isto é, só é possível combater a pobreza com resultados objectivos, que geram riqueza.

Evidentemente que para criar riqueza e torná-la um elemento fundamental para o combate à pobreza, é imprescindível uma contextualização da problemática da pobreza em Angola, na medida em que, irá determinar o caminho a percorrer para a resolução desta problemática, e a implementação de iniciativas de impacto social que contribuam para a mitigação dos efeitos da pobreza no seio das populações afectadas, constitui uma boa alternativa.

O Banco Mundial define a pobreza como a privação de rendimento ou incapacidade de atingir um nível de vida mínimo que garante o bem-estar. É nesta dimensão que o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2023: Edição especial rumo a um plano de resgate para as pessoas e o planeta, estima que até 2030 haverá cerca de 575 milhões de pessoas a viverem em pobreza extrema.

De acordo com os dados do Índice de Pobreza Multidimensional 2023, publicado pelo Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI), a Africa Subsariana é a região mais pobre do mundo, representando cerca de 47.8 por cento, isto é, cerca de 534 milhões de pessoas vivem no limiar da pobreza.

Segundo o referido relatório, Angola ocupa a 16ª posição no nível da pobreza, de uma lista de 40 países da referida região o que acaba por ter um grande peso no apuramento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Angola que, de acordocom os últimos dados publicados pelo PNUD, é de 0.586, ocupando, actualmente, o lugar 148º em uma lista de 191 países.

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