Opinião

Conversa com Fernando Kafukeno - II

Luís Kandjimbo |*

Escritor

A conversa com Fernando Kafukeno (1962-2023) traçou uma trajectória que é apenas uma de tantas outras biografias povoadas por pessoas, lugares, tertúlias e instituições, o que se pode resumir na definição do conceito de geração literária. Por isso, reitero o facto de ser um bom pretexto para uma reflexão sobre a periodização e as gerações literárias, na história da literatura angolana. A abordagem historiográfica sobre essa matéria foi iniciada em finais do século XIX e princípios do século XX, através da acção dos tribunos nativistas que tinham lançado as bases do associativismo e do Jornalismo republicano em Angola. Portanto, não é casual que, na década de 80 do século passado, a sistematização da história da literatura angolana, constituísse uma necessidade para a afirmação da primeira geração literária do pós-Independência. Assim se compreende que a Geração Literária do Silêncio ou de 70, de que fazem parte Arlindo Barbeitos, David Mestre, Jorge Macedo, Ruy Duarte de Carvalho, encontre na Geração de 80 o testemunho das suas propostas estéticas. A obra de Fernando Kafukeno é um exemplo disso. Voltaremos ao tópico. Entretanto, proponho a leitura da última parte da conversa transcrita

03/03/2024  Última atualização 09H42

                         ***

Morte de David Mestre

Luís Kandjimbo – Grande tarimba!

Fernando Kafukeno – … Grande tarimba, como dizia ele próprio. Então, em parte, não foi possível nos despedirmos nessa altura. Recebi alguns recados dele, através de uma pessoa que não interessa citar o nome aqui. Mas nessa altura não consegui ir e ele viajou. E, infelizmente, um dia desses na televisão apareceu um locutor a anunciar. Eu liguei a televisão, precisamente, cheguei a casa e liguei o televisor e aparece o locutor: "Morreu David Mestre”. Disse: "então desligo o televisor”. E desliguei.

 

LK– Chegaste a casa…

FK – Liguei, a notícia cai e eu desligo o televisor. Disse: "Eh pá!, o meu amigo…”

 

LK– Os poetas gostam de dialogar com os  que estão no outro mundo. Será que alguém mandou que chegasses a casa, naquele dia, e ouvisses a notícia naquele momento? De facto, foi uma notícia que nos surpreendeu.

 

FK – E por ali fomos seguindo. O David levou alguns poemas que deviam fazer parte deste livro. Ele levou e eu perdi os textos. Então ficava assim: "Eh, pá! será que terá ficado em casa do David? O David terá levado para Portugal? E recebi uma revista que, felizmente, está contigo ainda, recordas-te, uma revista portuguesa?

 

LK– Lembro-me, sim.

FK –... Uma coisa assim, e estão os textos lá, colocaram poemas meus naquela revista. Eram os tais poemas de que eu andava à procura, cá em Angola. E o José Luís Mendonça veio de Lisboa e disse: "Eh, pá! Vá lá à minha casa que eu tenho novidades para ti”. Chego lá. "Eh, pá! Está aqui, esta revista com textos de portugueses, brasileiros, o único angolano és tu. Eh, pá! Leva isto é para ti”. E então fiquei a reflectir, o David levou os textos para Portugal e deixou-os lá, os indivíduos pegaram naquilo e colocaram na revista.

 

LK– Está aqui uma prova de que, efectivamente, além de teres estado a fazer esse exercício de emulação com uma poesia que se fazia ainda em 80, mas vinda dos anos 70, cultivaste uma relação de convívio, de tertúlia, com um dos expoentes, neste caso o David Mestre. E rendes uma homenagem ao David Mestre, num dos teus livros. Já veremos o poema. Mas, voltando ainda ao livro "Na Máscara do Litoral”, o teu lirismo é um puro lirismo. Com alguns poetas que por aqui passaram falei de um lirismo que permite detectar facilmente a abordagem de temas eróticos. Não é o teu caso. Há aqui alguns poemas, mas não é o teu caso. Por exemplo, nos poemas em que tens em epígrafe, destinatários das dedicatórias, como este poema aqui "Beleza”, "para Belma”. É pura e simplesmente um lirismo à volta da beleza, é um canto à beleza:

"A beleza / Profundeza lunática do meu âmago / Fascínio das substâncias invisíveis / Em contacto na penumbra nocturna / A beleza.”

Fica-se com a impressão de que fazes um discurso gratuito. Isto porque tens aqui palavras-chave e é esse o segredo. Quando eu falava há pouco sobre o segredo, também queria ouvir um pouco. E a conversa vai evoluindo e vamos tocando nos aspectos que nos convêm. Há palavras, eu falava do vocabulário, do léxico, tens um léxico que ajuda, facilita a elaboração desses poemas curtos.

 

Texto sugerencial

FK – Esse léxico, naturalmente que também veio do conseguimento que nós temos, do apuramento que nós temos da leitura, da grande elaboração que podemos fazer das leituras que fizemos. Daí então surge este léxico. Portanto, vou buscar normalmente palavras que podem sugerir outras coisas, várias outras coisas, nunca uma palavra. Um discurso que defina, que é o A, que é o B, que é o C. Não! Vou ao discurso e à palavra, recorrer e deixar sempre o texto sugerencial. Para mim a poesia é permanentemente sugerencial. Ela sugere permanentemente, ela não tem nada de dizer "olha agora está aqui”. Não, não! Ela é sugerencial permanentemente, para me permitir a reflexão contínua. Quando eu vou dar a ler "Na Máscara do Litoral”, continuo de facto, nesse espaço de reflexão, nesse espaço, digamos que filosofal.

 

LK – Sem dúvida. Há aí também qualquer coisa do filosofal.

FK – Esse espaço filosofal. E então deixo discorrer aí, a sugerência permanece e o artifício bem elaborado também permanece. Estes são os cuidados que eu tenho tido para não cair na gratuitidade da própria poesia. Porquanto, quem pensa que a poesia é dizer três palavrinhas ou quatro, "tenho aqui um poema”, "não arrisco a escrever prosa ou qualquer coisa assim porque é muito difícil, mas vou para a poesia que é mais fácil”. Esses indivíduos esquecem-se que a poesia é a arte mais profunda do dizer.

 

Metáforas e metonímias

LK – E a arte mais profunda do dizer está aqui, o "Hieroglífico do Carinho”, também "para a Ana e Didi”, cá estão novamente as dedicatórias:

"Esvai-se como a geada vazia na selha / Divaga ou desacerta o relógio da artéria / Metáforas inventa, e a erva escrita / No mar pinta a fleuma.”

Quer dizer, este poeta, é um poeta, cuidado! "Esvai-se como a geada”, está aqui uma palavra que eu remeto um bocadinho para a infância, pessoalmente. É uma palavra que eu já não ouvia há bastante tempo, li num poeta há alguns anos, "selha”, "vazia na selha”, "esvai-se como a geada vazia na selha”. Porquê a selha e a geada, aqui assim? A selha me remete para aquele acto das mulheres, das décadas de 60, 70 e se calhar para tempos mais recuados, em que havia recipientes com aduelas de barris amarrados por arcos de chapa para se realizar a lavagem de roupa.

FK – Com qualquer coisa…

 

LK – Com um instrumento ao serviço da fricção, uma tábua para ajudar a realização da lavagem de roupa. É para aí que remete a selha. Está aqui uma imagem da tua infância. Aparece a geada para quê?

FK – Bom, porque, como disse, enquanto poeta nós somos homens. E vivemos neste espaço, vivemos neste mundo. Então a geada surge como um outro olhar, uma outra leitura. Se não temos geada aqui, onde haverá geada?

 

LK – É nos países onde há climas mais frios.

FK – Naturalmente! Então será que nós só habitamos esse espaço? Será que a selha só habitou Angola? Será?

 

LK – Eu acho que não. Até porque a selha é resultado do aproveitamento do barril…

FK – Do barril. Que vinha de onde? Vinha da geada.

 

LK – Da geada, dos países que produzem o vinho. Produzem vinho os países mediterrânicos, com temperaturas…

FK – Muito baixas.

 

LK – Exactamente isso.

FK – A geada transportou as selhas para aqui e nós recebemos as selhas. Então, o meu texto está sempre circundando. É um texto que tem também a ver com as marcas da história, porquanto o poeta é um bebedor do conhecimento permanente, do conhecimento da história, do conhecimento…

 

LK – Estás agora a falar da história. É por isto que eu falava desta questão do léxico, do vocabulário, da palavra certa e empregaste a palavra sugerencial. A selha aqui, e a geada, estão aqui de facto a marcar um momento. É um instante na poesia, mas a revelar a história.

FK – Porque são marcas que já não existem, já não existem.

 

LK – Já não há selhas?

FK – Eh, pá! Eu nunca mais vi, pelo menos. Em Luanda, eu nunca mais vi.

 

LK – Já não há barris?

FK – Nem vejo barris, não sei. Deve haver, alguém deve ter.

 

LK – Já não se fazem aproveitamentos de barris para esse fim…

FK – Se eu tivesse um barril, talvez mandasse um marceneiro envernizar um barril daqueles pequeninos. Então, punha ali num canto na minha casa, diria assim: "Olha, este, deste barril podemos fazer uma selha, mas este barril trazia algo lá dentro que vinha da geada”.

 

Diálogo com poetas

LK – É verdade, que vinha da geada. Esses tipos de sugestões são abundantes na tua poesia. Eu, pessoalmente confesso, como leitor que sou, faz-me bem ler a tua poesia. Faz-me bem. E depois, nesse exercício de emulação que foste fazendo, foste também incorporando várias técnicas. É esta técnica que tens aqui, a que esses poetas da geração de 70 obedeciam como regras do jogo. O David Mestre reconhecia uma certa contribuição, obtida das leituras da poesia oriental. Tu também cruzaste um pouco com aqueles poemas curtos da poesia japonesa, os haikai, ou pretendeste apenas fazer esse exercício de diálogo com a geração de 70, com a poesia de 70 e superá-la?

FK – É…

 

LK – É apenas isso?

FK – É apenas isso.

 

LK – Dialogar com a poesia?

FK – Dialogar com a poesia…

 

LK – E procurar superar essa poesia produzindo…

FK – Novas coisas.

 

LK – … Novos elementos.

FK – Agora com as coisas do Oriente, talvez essas coisas como tu dizes, o contacto que o poeta, que o escritor gosta de ter com as coisas do outro mundo, então o Oriente é muito fértil nisto. Ali sim, algumas coisas como o conhecimento da sua vida espiritual…

 

LK – Ah, a espiritualidade oriental.

FK – A espiritualidade oriental, isso sim. Esse conhecimento. Mas, de resto, é o diálogo com o texto da geração de 70.

 

Poesia experimental

LK – E depois tens alguns exercícios daquela poesia experimental. Não fizeste muitos exercícios. Mas, a poesia experimental vista aqui como aquela em que há preocupações com a dimensão visual, o espaço branco da página. Há aqui alguns poemas que provam isso, a repetição de palavras, a arrumação dos versos, o Vértice do beijo, tem mais ou menos este, Beijas tu:

"Beijas o beijo / O beijo do salitre” A repetição e a arrumação dos versos.

FK – Isto tem a ver, na minha poesia – até o David faz referência num texto ali sobre o Grafite – com um certo interesse e um certo olhar do texto plástico. Durante algum tempo, vi-me ligado às artes plásticas, até tive aulas. Estive no Barracão nos anos 80, não sei se te recordas…

 

LK– Lembro-me, perfeitamente. Era a Escola de Artes Plásticas.

FK   Frequentei o Barracão, frequentei uma série de cursos ligados às Artes Plásticas, depois retirei-me. Então creio ter bebido também do texto plástico. E como não o reproduzo pintando, reproduzo-o pintando na relação das palavras…

 

LK– Na página branca do texto.

FK – … na página branca do texto. Vou buscar, vou sempre buscar esse recurso plástico. Portanto, quer dizer, que é um outro elemento que também entra no fazer deste texto.

 

LK – E, de resto, tens aqui, pelo menos um poema dedicado a um pintor, a um vanguardista da pintura angolana, o Van, o "Homem Caracol”.

FK – O "Homem Caracol” é precisamente um texto, e este título é de uma obra do Van…

 

LK – É a tua leitura do texto plástico do Van?

FK – … então fica aqui. Portanto, o "Homem Caracol” é um texto plástico dele e que vem para aqui. Portanto, trato desse texto plástico no texto com letras, e fica ali. E então surge o "Homem Caracol”, porque nestas coisas de andar com os artistas plásticos, os gajos diziam: "Eh, pá! Mas tu és um poeta e volta e meia estás connosco. E volta e meia estás com os poetas. Assim é uma confusão!”. Então, tu sabes que os pintores, na década de 80, porque não havia ainda muitos espaços de exposições, excepto, acredito, a galeria do Tirso, onde eu lancei "Boneca do Bê-Ó”. Não era uma coisa dos anos 80.

 

Exposição de Van

LK – É verdade.

FK – Bom...

 

LK – Já não há nada disso, não é?

FK – Já não há nada disso. Era o cruzamento necessário. A gente não precisava de nada, nem de telefone nem nada, porque sabia que, às tantas horas, o fulano vai passar por ali. Então, eles iam fazendo exposições, montando exposições, estavam a iniciar afinal de contas, qualquer coisa ligada à gestão das coisas culturais. E então ia com eles. Neste caso do "Homem Caracol”, participei activamente com o Adriano [Mixinge] e assim surge o texto dele aqui. O Adriano foi o curador da exposição, mas participei activamente na montagem da exposição, no tratamento da correspondência, no lidar e no sentir da própria exposição, até à consumação, até ao dia em que a exposição foi inaugurada. Recordo-me que foi num dia muito triste, morreu um jornalista qualquer famoso na altura. Depois foi um dia de chuva e lá estivemos. Mesmo assim lá estivemos e a exposição saiu. E há uma outra coisa que é necessário que eu te diga, agora. Nesta mesma exposição esteve, parece-me, exposta uma obra do Van que tu fizeste com aquilo, uma capa para uma das Gazetas  Lavra & Oficina , não é aquela onde vêm as mulheres, não! É a serpente, a Cobra e o Cágado.

 

LK– A cobra e o cágado, deu para uma belíssima capa.

FK – E a propósito dessa exposição eu levei uma cópia da cobra e do cágado ao David Mestre, e ele disse:  "Eh, pá! Vai sair uma exposição onde tu vais aparecer e estás a ver? O gajo trouxe isso de Portugal, pá!”. E então ele disse: "Bom, gostei disso pá! Diga ao homem que isso fica em minha casa, já não devolvo, e eu escrevo qualquer coisa para esta exposição”. E ele me disse: "Eh, pá! Tu tens de vir cá, no dia tal pá! Vamos ver se eu escrevo ali qualquer coisa”. E então lá ficámos em casa. Isto aconteceu num dia 31 para o dia 1. Eu fico com o homem todo o dia quase, até à meia-noite e a coisa não saía.

 

LK – À espera que jorrasse alguma coisa.

FK – Mas a coisa não saía, nunca. E, às quinhentas, o homem levanta-se do chão e diz "já saiu”.

 

LK – Agora vem aí o texto.

FK – Agora vem aí o texto. E foi para a máquina e tá, tá, tá, pá. "Eh, pá! Está aqui. Leva para o homem, mas não vai mais! É quase meia-noite, fica aqui comigo”. "Não, não, não, eu vou-me embora”. E o homem no dia seguinte recebeu o texto, "está ali”. E ele lá ficou com aquilo, "A Cobra e o Cágado”. Além da obra plástica, há um texto do David. O Van tem, escrito e assinado pelo David, e eu tenho-o de memória.

 

LK – O texto sobre a "Cobra e o Cágado”. Mas o "Homem Caracol” então, digamos, está marcado por essa circunstância.

FK – Por essa circunstância, por esse clima. É aquilo que eu disse. Nós os poetas estamos sempre numa envolvente constante, nunca estamos à margem.

 

Poesia e o instante

LK– Ouça isto.

"Os pardais chilreiam no pátio dos pés / Os coelhos da imaginação coçam o cérebro / dos telhados azuis / O nevoeiro cintila / a menina das nuvens na penumbra / os pinheiros cantam / a iniciação dos pirilampos / a folia dos lábios cresce / nos pés da calçada.”

É um grande poema que integra o livro "Na Máscara do Litoral”, um livro em que dizemos: "Está aqui este poeta, este poeta vai trazer mais alguma coisa e trouxe. Trouxe o Grafie, ‘Sobre o Grafite da Cera’. É um livro em que o poeta – já não se diz que o poeta tem maturidade – diz-se que o poeta está aí. Existe e com ele tem de se contar porque é uma dicção na poesia de Angola. Mas o que é que se observa aqui? Há uma espécie de síntese das experiências que foste fazendo, das leituras, dos diálogos, das emulações anteriores que vemos na "Boneca do Bê-Ó”, "Na Máscara do Litoral” e outras vivências. Aqui tens uma síntese de todas essas coisas. O que é de resto uma afirmação, mesmo no plano formal. Poemas curtos, com a contenção, poemas com verso curto, mas ao mesmo tempo poemas mais ou menos elaborados e longos. Longos, isto é, com sete, oito versos, e variações até na estrutura formal do texto e até na busca de temas.  Se na "Boneca do Bê-Ó” andaste um pouco com alguns temas que tinham a ver com a localização, com o espaço…

FK –... Urbano.

 

LK – … com o espaço urbano, e "Na Máscara do Litoral” com sugestões que as circunstâncias te foram sugerindo, aqui já diversificas muito. "Sobre o Grafite da Cera” é um livro antológico, quer dizer, é um Kafukeno múltiplo. Será?

FK – Com sinceridade, me parece que é isto aí. Fui fazendo o percurso entre os dois livros, porque nas leituras que fui fazendo entre os dois livros, situei-os como diferentes um do outro. Então quis, com este livro ir à busca de um estilo que fosse meu, e que viesse precisamente na produção dos dois textos.

 

LK – Exactamente.

FK – E então eu fiz esse exercício. Não sei se terei conseguido o que quis, mas fiz este exercício e permanentemente continuo trabalhando nesta obra, ainda não terminei de trabalhar nela…

 

Grafite e missangas

LK – Referes-te à Grafite da Cera.

FK – E o que se terá passado até, é que esta mesma obra terá prejudicado a quarta.

 

LK – Missangas! Kituta.

FK – Porque este livro demorou cerca de três anos com o editor. Devido a algumas dificuldades editoriais. Então, é preciso ter o livro no mercado, sentir o livro, sentir a força do livro, para que depois possamos fazer uma avaliação daquilo que produzimos, e daquilo que temos produzido. Em que medida, o que talvez terá faltado aqui…

 

LK – No Grafite…

FK – …alguém ter dito alguma coisa e então melhorar no texto que se segue. E não tive essa oportunidade. Produzi imediatamente. Foi este livro produzido logo a seguir a este. Três anos depois, três ou quatro anos depois esse livro saiu. Três anos! Esse livro ficou dois anos ou mais e este se calhar ficou quatro. Então quatro anos depois saem os dois livros juntos.

 

LK – Repare no seguinte. Gosto de ler atentamente as obras. E eu dizia, há instantes, que este é um livro antológico, em que se definem já as várias linhas com que se cose a poesia do grande Kafukeno.

FK – De um autor.

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