Os profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM) iniciaram segunda-feira (29), a suspensão das atividades por 30 dias prorrogáveis em todo o país.
As acções de pirataria na costa da Somália aumentaram exponencialmente no primeiro trimestre deste ano, constituindo uma “ameaça contínua”, segundo um relatório da Organização Marítima Internacional (IMB, na sigla em inglês), que apela a maior segurança do tráfego naquela rota do comércio internacional.
Em consequência das acções, indica o documento, foram registados dois sequestrados de navios e três tentativas de rapto, realçando o grau de ameaça na região. No relatório da IMB, entidade especializada da Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês), ao qual a AFP teve ontem acesso, alerta-se para um "preocupante aumento” da actividade dos piratas somalis.
Um dos dois navios sequestrados, neste primeiro trimestre, foi um cargueiro com uma bandeira de Bangladesh, em 12 de Março, cujos 23 tripulantes foram feitos reféns por mais de 20 piratas somalis quando navegava a cerca de 550 milhas náuticas da capital, Mogadíscio.
Segundo a organização, os piratas demonstram uma "capacidade crescente”, com ataques realizados a grandes distâncias da costa, graças à utilização de navios-mãe como barcos de pesca e 'dhows' (típicos navios à vela).
"O ressurgimento da actividade pirata somali é preocupante e, agora mais do que nunca, é crucial proteger o comércio, salvaguardar as rotas e a segurança dos marítimos que mantêm o comércio em movimento”, afirmou o secretário-geral do ICC, John Denton, no relatório. "Todas as medidas devem ser tomadas para garantir o fluxo livre e ininterrupto de mercadorias”, acrescentou.
O IMB elogiou o trabalho das autoridades para libertar e garantir a segurança dos tripulantes das embarcações, referindo uma operação de 40 horas realizada pela Marinha da Índia, no Oceano Índico, em 15 de Março, na qual foram capturados 35 piratas somalis que sequestraram os 17 tripulantes do navio.
Anteriormente, a 4 de Janeiro, outro navio indiano salvou os 21 tripulantes de um cargueiro que foi abordado por piratas a mais de 720 quilómetros da costa Leste da Somália.
A guarda costeira das Seicheles também interveio para proteger seis tripulantes de um barco de pesca numa operação em que três suspeitos de piratas somalis foram detidos.
Navegação no Golfo da Guiné
O IMB também pediu cautela no Golfo da Guiné, onde foram relatados seis incidentes nos primeiros três meses de 2024, em comparação com cinco no mesmo período de 2023. O relatório apontou o sequestro de nove tripulantes a bordo de um petroleiro em 1 de Janeiro, a cerca de 45 milhas náuticas ao sul da ilha de Bioko, na Guiné Equatorial.
"Embora se aplauda a redução dos incidentes, a pirataria e os assaltos à mão armada no Golfo da Guiné continuam a ser uma ameaça. Uma presença naval regional e internacional contínua e robusta é crucial para responder a estes incidentes e salvaguardar a vida no mar”, disse o director do IMB, Michael Howlett.
Durante o primeiro trimestre de 2024, ocorreram 33 incidentes, a maioria no Sudeste Asiático (13) e na Índia (9).
Dos 33 casos, 24 navios foram abordados, seis sofreram tentativas de ataque, dois - ambos na Somália - foram sequestrados e um foi alvejado, enquanto 35 tripulantes foram feitos reféns, nove foram sequestrados e um foi ameaçado.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO Alto Conselho para a Comunicação (CSC) do Burkina Faso decidiu "suspender a transmissão dos programas da televisão internacional TV5 Monde, por um período de duas semanas", informou, domingo, em comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
O Ministério da Saúde (Misau) de Moçambique anunciou, esta segunda-feira, em comunicado, não haver motivos para o reinício da greve de profissionais de saúde, mas garantiu que vai assegurar a continuidade da prestação de serviços.
O valor da importação de combustíveis caiu 21 por cento no primeiro trimestre, para 769 milhões de dólares, face aos últimos três meses do ano passado, de acordo com dados apresentados segunda-feira, em Luanda, pelo director-geral do Instituto Regulador de Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Fernandes.