Mercados avançam que o banco central americano iniciará o ciclo de afrouxamento monetário em Junho, com a redução de juros em relação às máximas de 20 anos.

Ainda assim, a robustez do mercado de trabalho deve dificultar o cenário de uma redução antecipada das taxas, na medida em que poderia reaquecer a inflação, na antevisão dos principais analistas dos mercados.

A expectativa é que a economia americana tenha gerado 190 mil vagas de trabalho em Fevereiro, depois de surpreender com a criação de 353 mil postos em Janeiro, o maior número em 12 meses.

A taxa de desemprego deve manter-se em 3,7 por cento, enquanto o ritmo de aumento dos salários deve ser moderado.

No campo dos lucros das empresas, balanços corporativos em menor número trazem grandes resultados. Os números podem dar mais clareza ao comportamento dos consumidores americanos, que têm sido afectados pela inflação alta e pelos juros elevados.

Vale notar que os futuros das acções dos EUA operavam em queda, ontem, o que indicava uma pausa na recuperação do mercado de acções, antes de mais sinais sobre a política monetária do Federal Reserve e novidades na corrida presidencial americana.

As principais bolsas americanas fecharam a semana passada em alta, após dados económicos fracos e declarações de autoridades da Reserva Federal reforçarem as expectativas de um corte de juros pelo banco central ainda neste ano.

O índice da actividade industrial nos EUA permaneceu em nível de contracção pelo 16º mês seguido, enquanto os índices de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan recuaram mais do que o esperado.

Um indicador que também continua a animar os mercados é o da estabilidade do preço do petróleo. Ontem, o Brent esteve a negociar no limiar dos 82 dólares pelo barril. Já o WTI esteve abaixo em um ponto percentual.