O país prepara-se, com a actual Cimeira, para a eleição, pela quarta vez, ao Conselho de Paz e Segurança, numa altura em que assumirá, igualmente, a primeira vice-presidência de mesa da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização continental. 

Os esforços de Angola para ver a região pacificada não têm precedentes, nos últimos dez a vinte anos, um reflexo do árduo trabalho que tem sido feito pela diplomacia angolana, na interacção com os parceiros africanos e internacionais.

Hoje, a União Africana debate-se com uma série de desafios, entre os quais se ressalta, obviamente, a questão da paz e segurança,  erradicação da fome, eliminação do analfabetismo, aposta séria na agricultura, inclusão digital, entre outros objectivos prementes.

Em todos estes desafios, a educação emerge como solução importante para resolver numerosos problemas que, como se sabe, passam, necessária e obrigatoriamente, pela escolarização da população para melhor lidar com fenómenos como o das crianças soldados, obscurantismo, crenças, casamento precoce e outras práticas que fazem as sociedades regredir.

Não é sem razão que o tema do ano de 2024, por parte da UA, é a Educação, na sequência da Cimeira Global sobre a Transformação da Educação, convocada pelo Secretário-Geral da ONU, em Setembro de 2022.

Na verdade, a  urgência para com as questões ligadas à Educação decorre da crise global e do progresso desfasado em direcção ao Objectivo de Desenvolvimento Sustentável  número quatro, que tem que ver com educação de qualidade.

O retrato do sector da educação em África indica esforços e progressos para garantir o acesso, a conclusão e a qualidade da educação, com foco na redução das crianças que não frequentam a escola e na melhoria das taxas de alfabetização. Esperemos que as lideranças africanas tenham, entre as prioridades das suas agendas, a educação de qualidade como pressuposto para erradicar numerosos problemas..