Dois executivos da referida cadeia desembarcaram em Luanda  e chegaram a entabular conversações com os proprietários do antigo supermercado   Zamba 2, local identificado para sediar o empreendimento espanhol em 2019, interesse que caiu com a chegada da pandemia.

Contactado telefonicamente, o empresário Melo Xavier, proprietário do Zamba 2, preferiu não falar "de potenciais interessados, porque” há mais do que o  El Corte Inglés.”

Detentor de mais de cem lojas localizadas nas principais  cidades espanholas  o  primeiro empreendimento do El Corte Inglés fora de Espanha, foi inaugurado em Lisboa, em 2001 e revolucionou o sector   em Portugal, num investimento de 250 milhões de euros.

Na altura, a empresa contratou 2000 trabalhadores e investiu,  só em formação, mais de 20 milhões de euros.

Famoso por conseguir lucros imbatíveis ao longo da sua história, registou, em 2021, uma forte queda de quase um terço nas vendas, para 10,4 mil milhões de euros, devido à pandemia e à constituição de provisões elevadas para cobrir riscos futuros e desvalorizações de activos imobiliários.

O resultado do exercício fiscal da empresa nesse ano traduziu-se em perdas de 2945 milhões de euros, segundo  a edição online do "El País”, na altura.

Para as perdas temporárias do  grupo contribui também o encerramento temporário de vários negócios com destaque para o retalho especializado.

O economista Luís Chimina afirmou que a escolha do mercado angolano para prospecção por parte dos espanhóis foi motivada pelas transformações em curso no país. Chimina acredita que Angola poderá tornar-se um poiso atractivo para grandes empresas em busca de novas oportunidades de negócio.