Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
O problema da instabilidade no Leste da República Democrática do Congo (RDC) deixou de ser um desafio, unicamente, das autoridades congolesas para se transformar num repto regional, a julgar pelos últimos desenvolvimentos que a região vive.
Estão mais do que provadas as interferências, completamente condenáveis, do Rwanda, inclusive avançadas pelas Nações Unidas, tal como sucedeu, recentemente, com o inusitado ataque contra um drone de observação da equipa da ONU por um míssil disparado por elementos das Forças Armadas do Rwanda.
Mais do que desdobramento das tropas da SADC para efeitos do "peace enforcement”, depois de gorada a observância dos pontos constantes das várias iniciativas, entre elas o Roteiro de Luanda, os entendimentos de Nairobi, apenas para mencionar estas diligências, por vias das quais se abriu uma janela de oportunidade para que os M23 se sujeitassem aos processos de aquartelamento, desarmamento e reintegração, alguma acção enérgica é necessária.
Neste momento de guerra, em que as milícias do M23 ameaçam, inclusive a tomada da capital do Kivu Norte, Goma, a solução por uma resposta enérgica, com meios militares que suplantem em quantidade e qualidade os artefactos usados pelos rebeldes.
Claramente, os rebeldes do M23, apoiados pelo Rwanda, parecem iludidos pela aparente vantagem militar, razão pela qual "pressionam” militarmente para alcançar alguns objectivos, entre os quais "forçar” negociações com as autoridades congolesas.
Enquanto existir o aparente desequilíbrio no terreno e se o dispositivo militar regional, que vai em auxílio das Forças Armadas da RDC, não for capaz de alterar o curso dos acontecimentos no Leste, a chantagem, as matanças, destruição de bens e deslocações vão passar a ser o dia-a-dia das populações daquela parte significativa do território congolês.
Precisamos todos de estabilidade regional e, como este desiderato não tem um preço a medir, todos os esforços são válidos para que a rebelião armada no Leste da RDC não perpetue um problema que possa ser erradicado agora, com todos os meios possíveis à disposição das forças que agora vão ser desdobradas naquele país.
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LoginA ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Trata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O Governo do Bié iniciou a montagem de um sistema de protecção contra descargas atmosféricas nos nove municípios da província, pelo elevado número de pessoas que morreram nas últimas chuvas, devido a este fenómeno, garantiu, sexta-feira, o governador Pereira Alfredo.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.