Economia

Executivo angolano prioriza base produtiva dinâmica e diversificada

Hélder Jeremias

Jornalista

O Executivo angolano privilegia investimentos sociais, para que a economia nacional seja suportada por uma base produtiva dinâmica, diversificada e inclusiva. Este desafio foi lançado, quinta-feira, em Luanda, pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica.

02/02/2024  Última atualização 08H34
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, no Workshop do MIREMPET © Fotografia por: Francisco Lopes|Edições Novembro
José de Lima Massano representou o Chefe de Estado, João Lourenço, no seminário de apresentação das "Acções e Projectos de Responsabilidade Social no Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás”.

Na ocasião, o ministro de Estado para a Coordenação Económica apelou às empresas que operam no sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás a dedicarem maior apoio a projectos de capital humano susceptíveis de retirar as comunidades da dependência  e gerar rendimentos, através do trabalho.

José de Lima Massano disse ser importante que o valor monetário de cada iniciativa seja gerador de efeitos positivos e duradouros na economia e na sociedade, sem perder de vista a importância do alinhamento aos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluídos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027.

No evento, sob responsabilidade do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, representantes das petrolíferas Sonangol EP, Azule, CABGOC, ESSO, EXXon Mobil, TotalEnergies, Angola LNG, Etu Energy e as mineradoras Sodiam EP, Sociedade Mineira de Catoca, S. M Chitotolo e HM Granitos, fizeram uma retrospectiva sobre as suas acções sociais no período entre 2017 e 2023, assim como as perspectivas para o presente ano até 2027.

Em termos globais, as empresas do sector executaram 192 projectos em seis anos,  correspondentes a 69 por cento, sendo que, no período em referência, 430 projectos foram gizados com custos próprios, cujos custos se situam em 176.498.976,32 dólares, 60 projectos dos quais ainda estão em fase de execução, avaliados em 96.111.215 dólares, enquanto 132 foram concluídos, com custos de de 56.624.020 dólares.

Para José de Lima Massano, é encorajador o comprometimento das empresas, a avaliar pelas estatísticas, segundo as quais de 2017 a 2023 foram aprovados um total de 192 projectos sociais no valor de 152 milhões de dólares. Destes, 132 projectos estão concluídos.

O chefe da equipa económica reconheceu que o sector tem desempenhado um papel fundamental no crescimento da economia do país, na medida em que o seu peso na  estrutura do Produto Interno Bruto (PIB) está na ordem de 30 por cento, o que lhe confere a condição de gerador de cerca de 95 por cento das receitas de exportação.

Na opinião do José de Lima Massano, o facto de operarem no país empresas internacionais de grande dimensão e de forte capacidade institucional, constitui uma premissa para que o Executivo continue a trabalhar em prol do desenvolvimento do sector, em função do enorme valor acrescentado que pode prover nas várias vertentes da economia, o que lhe confere enorme potencial  no processo de diversificação  da economia em curso no país.

"Pretendemos uma economia assente numa base produtiva dinâmica, diversificada e inclusiva, mantendo um bom ritmo no sector de Recursos Minerais, Petróleo e Gás. Pretendemos conferir e mobilizar particular atenção aos demais sectores da Economia, de forma a acelerar o seu crescimento e garantir a capacidade para atender às principais necessidades da população, com destaque para a cadeia de produção de alimentos e matéria-prima para a nossa ainda emergente industrialização”, disse.

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