Angola tem, doravante, responsabilidades na gestão dos recursos hídricos internacionais em prol do desenvolvimento económico sustentável, depois de ter assumido na sexta-feira, em Casablanca, Reino do Marrocos, o estatuto de membro de pleno direito da Comissão Hidrográfica do Atlântico Leste (EATHC, sigla inglesa).
Angola exportou, de Janeiro a Março do presente ano, cerca de 94,41 milhões de barris de petróleo bruto ao preço médio de 83,16 dólares, em função dos quais foram arrecadadas receitas avaliadas em cerca de 7,77 mil milhões de dólares.
Os dados foram revelados ontem pelo secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, quando apresentava a síntese de balanço das exportações de petróleo bruto e gás natural referentes ao 1º trimestre de 2024, na abertura do Outlook sobre o Comportamento da Indústria Petrolífera no período em alusão.
José Alexandre Barroso destacou que o Brent, utilizado como referência para o petróleo de Angola, manteve a tendência dos trimestres anteriores, ao apresentar, nos primeiros três meses deste ano, a predominância da China como principal mercado de absorção das exportações de petróleo bruto angolano, totalizando cerca de 49,65% do volume total. De acordo com o secretário de Estado, os restantes principais destinos para as exportações nacionais foram a Índia, que importou 13,12%, a Espanha, responsável por 8,76% das vendas da produção de Angola, a Indonésia com 6,93%, além da França e dos Estados Unidos que figuraram com 4,33% e 4,11%, respectivamente.
As estatísticas apresentadas por José Alexandre Barroso dão conta, por outro lado, que as exportações de gás natural realizadas no 1º trimestre de 2024 totalizaram pouco mais de 976 mil toneladas métricas, 77,64 por cento das quais dizem respeito ao LNG, sendo que o volume exportado perfaz um valor bruto de aproximadamente 396,60 milhões de dólares.
O secretário de Estado enfatizou que, não obstante as exportações de gás natural registarem um incremento na ordem dos 0,55 por cento, em comparação com o período homólogo, "o valor total da comercialização deste produto revelou-se inferior em cerca de 37, 48 por cento”, em consequência dos preços baixos observados no mercado internacional.
Neste período, sustentou José Alexandre Barroso, o preço do Brent datado no mercado internacional teve uma tendência crescente, influenciado por diversos factores que impactaram negativamente, assim como aqueles que contribuíram, de forma favorável, para a manutenção dos preços "em níveis que consideramos estáveis”.
A permanência de tensões geopolíticas no Médio Oriente e os efeitos colaterais do conflito militar entre a Federação Russa e a Ucrânia, assim como a intenção da Organização dos Países Produtores de Petróleo + (OPEP+) em prorrogar os cortes na quota de produção dos Estados-membros até ao primeiro trimestre de 2024, configuram os principais factores que tiveram influência positiva na estabilização do preço no mercado internacional, segundo o secretário de Estado.
O aumento da produção nos Estados Unidos, as preocupações sobre o fraco desenvolvimento económico da Zona Euro e da China, a valorização do dólar americano e o adiamento do corte das taxas de juros pela Reserva Federal Americana e o aumento da produção dos Estados Unidos tiveram impacto negativo sobre os preços.
Sonangol encaixa 92 milhões de dólares em três meses
A Sonangol encaixou, nos primeiros três meses do ano em curso, 92 milhões de dólares, em virtude da exportação de cerca de 182 mil toneladas métricas, correspondente a um aumento de 21 milhões de dólares face ao valor bruto alcançado no trimestre anterior, em que foram exportadas menos 54,6 toneladas métricas.
Os dados avançados pelo presidente da Comissão Executiva da Unidade de Negócios de Trading e Shipping da Sonangol, Luís Manuel, dão conta de que o volume importado no 1º trimestre de 2024 situou-se em cerca de 504 mil toneladas métricas, o que resultou num decréscimo de cerca de 690 mil toneladas métricas, quando comparados com o volume importado no quarto trimestre do ano transacto.
Os valores brutos despendidos com as exportações ficaram em cerca de 420 milhões de dólares, uma redução de cerca de 632 milhões de dólares , influenciada por uma paragem da Refinaria de Luanda, responsável por cerca de 20 por cento do volume de produtos consumidos no país.
Petrolífera nacional e ANPG exportam menos 2,7 mil barris por dia
As exportações da petrolífera nacional e da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), no 1º trimestre de 2024, cifram-se em cerca de 40 milhões de barris, o que representa um decréscimo de 2,7 milhões em relação ao trimestre homólogo.
De acordo com Luís Manuel, o valor bruto das exportações situou-se em cerca de 3 mil milhões de dólares, correspondente a uma redução na ordem dos 262 milhões de dólares face ao valor arrecadado nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2023.
O volume total das vendas da ANPG no 1º trimestre do presente ano foi de 25 milhões de barris, correspondente a um incremento de cerca de 3,8 milhões de barris. O volume total das vendas da Sonangol se situou em 15 milhões de barris, um decréscimo de cerca de 6 milhões de barris, em comparação com o quarto trimestre do ano passado.
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