"A economia tem feito progresso considerável rumo a esses objectivos ao longo do último ano”, afirma Jerome Powell, em discurso publicado na página Web do Fed, para a apresentação que deve fazer do relatório semestral de política monetária ao Congresso.

Jerome Powell disse que a taxa de juros "provavelmente” esteja no pico no actual ciclo de aperto monetário e mencionou também o processo de redução no balanço em ritmo "rápido” e "previsível”

Segundo ele, a postura da política monetária do Fed "está colocando pressão de baixa na actividade económica e na inflação”.

A inflação "tem desacelerado de forma notável” no último ano, mas segue acima da meta de 2,0 por cento do BC americano.

O presidente do FED menciona alguns números recentes do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), como do avanço anual de 2,8 por cento em seu núcleo, e nota que se trata de uma "desaceleração notável” em comparação com 2022, que se dissemina tanto por bens quanto por serviços. "As expectativas de inflação de longo prazo parecem bem ancoradas”, segundo várias pesquisas e pelas medidas dos mercados financeiros, aponta também.

Ao mesmo tempo, reafirma incertezas no quadro sobre a perspectiva económica e para a inflação. Para ele, o cumprimento da meta do Fed ainda não é algo garantido.

"Reduzir o aperto muito cedo ou muito poderia resultar em uma reversão do progresso que temos visto na inflação e por fim exigir uma política ainda mais dura para levar a inflação de volta aos 2,0 por cento”, afirma.

Com isso, Jerome Powell reafirma que o Conselho do FED espera ter maior confiança de que a inflação caminha de modo sustentável para a meta, antes de cortar juros.