Economia

Garantia de crédito do fundo público concede até dois anos de carência

Massoxi Paxe

O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) concede aos programas e projectos apoiados, por acordo com a banca comercial angolana, um período de dois anos de carência para o início dos reembolsos.

23/02/2024  Última atualização 11H35
Administrador do Fundo de Garantia, Eduardo Mohamed © Fotografia por: Francisco Lopes|Edições Novembro
A medida visa garantir que os empresários consigam obter estabilidade e participar sem grandes sobressaltos nos programas de aumento da oferta de bens de produção interna e consequente redução das importações.

Na quarta-feira, em Luanda, durante uma mesa-redonda, o administrador do Fundo de Garantia de Crédito, Eduardo Mohamed, fez saber que os projectos de um milhão até dez milhões de kwanzas têm a garantia pública de 80 por cento, de 50 milhões a 100 milhões de kwanzas têm a garantia pública de até 75 por cento,  de 100 milhões a 150 milhões de kwanzas a garantia pública é de até 65 por cento e quando chega até os 200 milhões de kwanzas a garantia pública é de 50 por cento, mas com um período de dois anos de carência e dez de produção.

O administrador lembrou que em 2023, o Fundo concedeu garantia a 218 projectos, no qual 65 por cento estava destinado à agricultura, dos quais 12 por cento destes projectos destinavam-se à produção de cereais.

Em mais de dez anos

O Fundo de Garantia e Crédito (FGC), de 2012 a 2023, investiu cerca de 50 mil milhões de kwanzas à produção de grãos e cereais, disse, em Luanda,  o administrador Eduardo Mohamed.

O gestor disse que o montante esteve destinado a 102 projectos com o objectivo de produzir  trigo, milho, soja,  arroz, feijão e outros cereais.

De acordo com o administrador do FGC, 80 por cento deste investimento foram dirigidos às médias empresas e o restante às micro-empresas e cooperativas. Em termos geográficos, as províncias do Cuanza-Sul, Huíla e Malanje representam 90 por cento da produção destes cereais.

Actualmente, o FGC possui um novo plano, cujo foco são as pequenas, média empresas, as cooperativas e as famílias produtoras. No período em referência, o FGC observou  30 por cento de (da carteira crítica) "crédito mal parado”, com a aplicação de cerca de 118 mil milhões de kwanzas no âmbito do programa Angola Investe.

Neste sentido, a instituição credora criou um programa com vista a recuperar o valor num período de três anos.

"No ano passado conseguimos recuperar dez mil milhões, este ano prevemos recuperar dez mil milhões e no próximo ano  também dez mil milhões de kwanzas”, disse.

Apesar da carteira crítica, de 30 por cento do valor investido, o responsável considerou o programa positivo.

O FGC é detentor do programa denominado "Aceleração e Fomento da Garantia Pública”, alicerçado em três eixos, nomeadamente o saneamento do Angola Investe, que consiste na recuperação da reputação a nível do sistema financeiro, o segundo refere-se à Linha de Apoio a Projectos Sustentáveis (LAPS) e a comunicação, que consiste em divulgar o FGC e os produtos.

Para o ano em curso, o FGC dispõe de um volume de negócios de 200 mil milhões.

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