Economia

Garantido financiamento para estudos no Corredor do Lobito

A União Europeia reafirmou, esta semana, em Luanda, o compromisso com o financiamento aos estudos de viabilidade em curso e os projectos de formação profissional, cujo objectivo é o aumento da produtividade e da rentabilidade das operações no Corredor do Lobito.

25/02/2024  Última atualização 10H25
Pormenor da reunião de trabalho mantida entre a União Europeia e o Ministério dos Transportes © Fotografia por: DR

Esta garantia foi dada durante um encontro de trabalho mantido, quinta-feira, entre a comissária europeia Jutta Urpilainen e o ministro angolano dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu.

De acordo com a nota de imprensa enviada às redacções, este encontro de trabalho teve como objectivo principal reforçar o compromisso da União Europeia no apoio ao desenvolvimento do Corredor do Lobito, para o qual, ao abrigo da iniciativa Global Gateway Strategy já efectuou a contribuição financeira de três milhões de euros para a realização dos estudos de viabilidade da sua ligação à Zâmbia.

Serviu também para reafirmar a importância do potencial de promoção de investimentos na economia real e na diversificação económica, por via da dinamização do agronegócio, da indústria, do turismo e doutros serviços ao longo do Corredor. Mas também para lembrar a forte possibilidade que o funcionamento do Corredor do Lobito encerra para os países da região, em termos do fomento da sua industrialização, através da criação de empresas que optimizem a extração e o transporte dos recursos minerais de que dispõem para os mercados mundiais.

Ricardo Viegas D’Abreu, Ministro dos Transportes, lembrou o impacto que o apoio da União Europeia e dos Estados Unidos teve e continuará a ter na solidificação do Corredor do Lobito, como um dos mais importantes a nível internacional, sublinhando que "ao mesmo tempo que, dinamiza a economia de Angola, República Democrática do Congo e da Zâmbia, assegura também uma contribuição relevante para a sustentabilidade ambiental, uma vez que o transporte de minerais críticos por esta via se faz em menos tempo – com ganhos significativos para as empresas – e com menos poluição atmosférica”.

O ministro lembrou também a todos os presentes a importância e o potencial do Corredor do Lobito para a criação de mais e melhor emprego, assim como para o reforço das qualificações dos trabalhadores do Porto do Lobito e dos Caminhos de Ferro de Benguela, que articulam directamente com as operações desenvolvidas pela Lobito Atlantic Corridor (LAR). Reafirmou que "agora é tempo de se produzir resultados”.

O encontro reuniu, no Ministério dos Transportes, para além da Comissária Europeia Jutta Urpilainen e o ministro Ricardo Viegas d’Abreu, o secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos e a directora do Instituto Industrial e Inovação Tecnológica de Angola (IDIIA), Filomena Oliveira. Estiveram ainda o CEO da LAR - Lobito Atlantic Railway, Francisco Franca; assim como os embaixadores dos Estados Membros da União Europeia, acreditados em Angola, nomeadamente, Rosário Bento Pais, da EU; Pieter-Jan Hamels, da Bélgica; Alain Bouilloux-Lafont, de França; e Francisco Alegre Duarte, de Portugal.

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