Os profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM) iniciaram segunda-feira (29), a suspensão das atividades por 30 dias prorrogáveis em todo o país.
A guerra civil no Sudão já fez mais de 8,5 milhões de deslocados, com 1,8 milhões de pessoas obrigadas a fugir do país, disse a ONU, nas vésperas de um ano do conflito. "Um ano depois, a guerra no Sudão continua a todo o vapor, com o país e os seus vizinhos a passarem por uma das maiores e mais desafiantes crises humanitárias e de refugiados do mundo", disse ontem a porta-voz da agência das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR), citada pela AFP numa conferência de imprensa, em Genebra, na qual afirmou que mais de 8,5 milhões de sudaneses tiveram de sair das suas casas, incluindo 1,8 milhões que saíram do país.
No encontro com os jornalistas, Olga Sarrado Mur salientou que "os constrangimentos no acesso, os riscos de segurança e os desafios logísticos estão a dificultar a resposta humanitária”, a que se junta uma crise de financiamento que deixa as agências sem fundos para acudir as pessoas. "Apesar da magnitude desta crise, o financiamento continua criticamente baixo; só 7% das necessidades apresentadas no Plano de Resposta aos Refugiados do Sudão foram cumpridas e o plano de Resposta Humanitária só tem 6% das verbas necessárias”, acrescentou, notando que "o ACNUR está a salvar vidas mas em muitos locais não é possível dar sequer o mínimo".
O ritmo de pessoas que tentam fugir da guerra entre as forças de segurança e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF) continua muito elevado, havendo cerca de 1.800 pessoas que chegam todos os dias ao Sudão do Sul, "como se a guerra tivesse começado ontem e não há um ano", comprovando que a classe média de arquitectos, professores, médicos e engenheiros, entre outras profissões, foi "quase completamente destruída". Para além das 640 mil pessoas que já foram para o Sudão do Sul, o ACNUR regista também mais de 150 mil pessoas que continuam em áreas de fronteira sobrelotadas e sem condições sanitárias, e dois a três mil refugiados que diariamente chegam ao Egipto, que se juntam às 2.200 pessoas que, só em Março, entraram na República Centro-Africana.
O Sudão mergulhou no caos a partir de 15 de Abril de 2023, quando se transformaram em guerra aberta as tensões há muito latentes entre os militares, liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as RSF, comandadas por Mohamed Hamdan Dagalo, ex-número dois no Conselho Soberano - a junta militar que tomou o poder no país no golpe que depôs o antigo ditador Omal al-Bashir, em Abril de 2019.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO Alto Conselho para a Comunicação (CSC) do Burkina Faso decidiu "suspender a transmissão dos programas da televisão internacional TV5 Monde, por um período de duas semanas", informou, domingo, em comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
O Ministério da Saúde (Misau) de Moçambique anunciou, esta segunda-feira, em comunicado, não haver motivos para o reinício da greve de profissionais de saúde, mas garantiu que vai assegurar a continuidade da prestação de serviços.
O valor da importação de combustíveis caiu 21 por cento no primeiro trimestre, para 769 milhões de dólares, face aos últimos três meses do ano passado, de acordo com dados apresentados segunda-feira, em Luanda, pelo director-geral do Instituto Regulador de Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Fernandes.