Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
Embora o conceito varie, sendo um campo que divide especialistas e apaixona debates, o que é facto é que a língua materna existe e acaba por ser determinante no processo de socialização do ser humano.
Hoje, é celebrado, em todo o mundo, o Dia Internacional da Língua Materna, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a 17 de Novembro de 1999, com o objectivo de promover a diversidade linguística e cultural entre as diferentes nações.
A efeméride, na visão da UNESCO, lembra, igualmente, os Estados membros da UNESCO e as suas matrizes a reflectirem sobre a preservação das particularidades linguísticas e culturais de cada sociedade.
Em África, onde a variedade de línguas é uma realidade, o desafio é ainda maior na medida em que a multiplicidade de idiomas se junta à "imposição” de línguas não africanas, que acabam, ironicamente, por servir como elo de unidade e reconciliação nacionais, em muitos países. E as referidas línguas galgam um caminho, em África, que as transforma no primeiro meio línguístico com o qual "milhares de bebés africanos aprendem a dizer as primeiras palavras”.
As vantagens do uso da língua nativa estão por demais estudadas e comprovadas, razão pela qual urge proceder à "contínua transmissão das línguas maternas à nova geração, em especial as de origem regional, um acto que deve começar desde a infância”, tal como defendeu, no ano passado, o director do Instituto de Línguas Nacionais (ILN), José Pedro.
"O desafio para a inserção das línguas maternas nas escolas enquadra-se nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o número 4 dos ODS, que desafia os Estados Membros a garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos e promover a aprendizagem ao longo do tempo”, disse o especialista, na altura, em entrevista ao Jornal de Angola.
Para todos os processos de natureza política, económica, social e cultural que impactam a vida da população, como defendem muitos sectores em Angola, é necessário o envolvimento das línguas nativas como veículo de transmissão e recepção de informação, notícia e recreação.
Há dias, a juíza conselheira e presidente do Tribunal Constitucional defendeu a necessidade de se traduzir a Carta Magna do país nas diferentes línguas, para que os angolanos possam ter a oportunidade de conhecer a Constituição da República a partir da língua que melhor dominam.
Acreditamos que, em todo o país, há sensibilização para com as línguas maternas, razão pela qual urge fazer esforço para a preservação, encorajar o uso e dar dignidade à primeira língua nativa de milhares de angolanos, de Cabinda ao Cunene. Na verdade, houve, no passado recente, uma experiência que precisa de ser retomada, ligada ao uso de línguas maternas nas primeiros anos de escolaridade, em determinadas regiões do país.
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LoginA ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Trata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.