Opinião

INEMA é para todos em situação de emergência

As emergências médicas são apêndices indispensáveis dos sistemas de saúde de qualquer sociedade. Angola não poderia continuar como um corpo alérgico a esta realidade. A criação do INEMA, em 2009, por meio do Decreto Presidencial n.º 40/09, de 21 de Agosto, foi das primeiras respostas às abordagens deste fenómeno, seguido pelo despertar de uma consciência profissional e social para a efectivação do conhecido serviço especializado de Emergências Médicas.

20/02/2024  Última atualização 06H40

Na génese da institucionalização do INEMA, existe o entendimento do protocolo global segundo o qual a existência de um sistema de emergência médica completo e eficiente contribui para aumentar a segurança de todos e reforça a capacidade de atendimentos rápidos de casos de saúde, sem a necessidade de locomoção até um hospital.

Como em toda a actividade humana, a qualificação dos recursos humanos merece atenção permanente, pois representa os activos mais valiosos na cadeia de cumprimento dos objectivos da instituição.

O INEMA trabalha com cerca de 600 profissionais, entre médicos, enfermeiros e pessoal de apoio, número considerado reduzido, tendo em conta as solicitações recebidas, diariamente, segundo informações recentemente reveladas pelo director-geral da instituição.

Apesar de já ter melhorado muito a sua imagem corporativa, ainda é notável a ausência de conhecimento alargado sobre o valor social da organização, que vai muito além da intervenção em acidentes de viação.

Com as devidas excepções, o conhecimento comum é de que a missão única do INEMA está relacionada com a intervenção em acidentes de viação. Na verdade, o seu raio de acção abrange o resgate de doentes que estão em casa, no serviço ou na via pública, a precisar de assistência médica urgente e, depois, serem levados às diferentes unidades hospitalares, a fim de darem continuidade ao tratamento.

É, pois, na base do conteúdo do parágrafo acima que reside o sentido pedagógico que merece ser potencializado aos cidadãos, alertando-os que não existem doenças específicas para alguém ser assistido pelo INEMA. "Todas as pessoas que estiverem em situação de emergência podem accionar os serviços pré-hospitalares e, se o fizerem, vão ser devidamente atendidas”, garantiu o responsável máximo do instituto.

Para o cabal cumprimento da sua missão, o INEMA tem inscrito na lista de prioridades a necessidade de aquisição de meios aéreos, sobretudo para a realização de operações de resgate de sinistrados ou doentes que se encontrem em zonas longínquas, com rapidez e segurança.

Do pouco ou muito dito em volta do INEMA, conclui-se a existência, por parte do Governo, de consciência de sensibilidade para a solução, o mais rápido possível, desta premente necessidade, estando em curso conversações avançadas para que, enquanto não são adquiridos meios próprios, o INEMA possa contar com o apoio institucional da Força Aérea Nacional.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Opinião