O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Os Estados Unidos podem disponibilizar 3,5 milhões de dólares para Angola aprimorar e modernizar infra-estruturas e a gestão de políticas públicas. A informação foi avançada ontem pela directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, durante uma visita ao Porto do Lobito, na província de Benguela.
Angola está comprometida em apoiar o investimento estrangeiro e criar um ambiente de negócios favorável, com incentivos atraentes, incluindo fiscais, garantiu, domingo, em Doha, no Qatar, a ministra do Ambiente.
Ana Paula de Carvalho interveio na cerimónia do "Dia Nacional de Angola na Expo Doha 2023”, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
Na ocasião, refere a Angop, apelou ao empresariado do Qatar para considerar o mercado angolano como destino dos investimentos, assegurando que beneficiarão de incentivos fiscais e assistência para a integração na cadeia de valores.
"O nosso país é abençoado com clima diversificado e solos férteis, propícios para uma vasta gama de culturas agrícolas, desde o cafe banana, o milho, a mandioca e outras cujo potencial ainda não está totalmente explorado”, disse Ana Paula de Carvalho, durante o evento, em que o Qatar foi representado pelo ministro do Ambiente e Mudanças Climáticas, Abdullah Al Subaie, acompanhado de outras entidades.
Para a dirigente angolana, isso não significa apenas colher os benefícios de um investimento num determinado sector, mas contribuir para o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar.
O Dia de Angola na Expo 2023 contou com as presenças do secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, João Manuel Bartolomeu da Cunha, do embaixador angolano no Qatar, António Coelho Ramos da Cruz, da comissária-geral de Angola na Expo, Albina Assis, de membros do corpo diplomático acreditado no Qatar e vários cidadãos angolanos.
A ministra afirmou que Angola participa na exposição internacional de horticultura com o subtema "Agricultura moderna, consciencialização ambiental e sustentabilidade e o lema "Plantar para a vida”, com o intuito de mostrar ao mundo os esforços que tem empreendido na produção alimentar, na protecção da vida e no melhoramento da saúde da sua população.
Ressaltou que com isso o Governo angolano pretende ilustrar a perfeita simbiose entre a agricultura moderna e tradicional, frisando que factores importantes como o equilíbrio entre a tecnologia moderna na agricultura e a produção comunitária moldaram as políticas do país rumo à diversificação da economia.
Ana Paula de Carvalho considerou fundamental a consciencialização ambiental na promoção de uma mudança de atitudes e comportamentos nocivos ao ambiente, salientando que Angola desenvolveu ferramentas para encorajar a protecção da natureza através do aumento da conectividade com a natureza e a promoção do desenvolvimento ambiental.
Segundo a ministra do Ambiente, o lema da Expo 2023 - "Deserto Verde, Melhor Ambiente” - é um apelo à humanidade para criar formas mais harmoniosas e sustentáveis para a produção alimentar, combinando tradição com tecnologia moderna, para o uso equilibrado dos recursos naturais, tendo em conta a importância da manutenção do equilíbrio da biodiversidade e da ecologia sem prejudicar a vida moderna.
"Este evento configura-se de uma grande importância nos esforços e cooperativismo global sobre os desafios que cada um dos países enfrenta na busca de soluções sustentáveis, com vista ao alcance das metas estabelecidas a nível nacional e nos acordos e tratados dos vários domínios da Agenda 2030 sobre o desenvolvimento sustentável”, sublinhou.
Disse que Angola enfrenta uma degradação acentuada da sua faixa costeira de 1.650 quilómetros, deviado à pressão humana sobre os solos, sobretudo a produção de alimentos, o pastoreio excessivo, as queimadas e o desmatamento desregrado.
"O Governo tem trabalhado para inverter esse quadro, proteger a faixa costeira nacional e as zonas desmatadas do inetrior, de forma a corrigir os efeitos nocivos das alterações climáticas, bem como prevenir a rotura total dos solos, que coloca em perigo, não só a fauna e a flora, mas também a segurança alimentar das populações”, salientou.
A
governante, também ,falou das acções desenvolvidas no âmbito do programa de
comabte aos efeitos da seca no sul do país, destacando o canal de Cafu, bem
como se referiu às iniciativas que visam desacelerar a progressão do deserto na
região do Namibe, através de uma campanha em curso para a planatção de diversas
espécies de árvores para criar uma grande cortina verde para o estancamento da
progressão do deserto.
Empresários sauditas interessados em investir na agricultura
Dois empresários sauditas manifestaram, Sábado, em Doha, Qatar, interesse em investir na agricultura em Angola, e encetaram contactos para o efeito com a delegação angolana na Expo 2023, que decorre na capital Qatari, desde Outubro do ano passado.
Saad Hamed, que falou em nome de ambos, durante uma visita ao pavilhão de Angola, disse que pretendem exportar de Angola frutas e vegetais.
"Nós gostamos de Angola, somos amigos”, frisou o empresário, que se manifestou impressionado com os produtos agrícolas expostos no pavilhão, sobretudo com o café, a múcua, o sapi-sapi, entre outros.
Diariamente, mais 200 a 400 pessoas visitam o pavilhão de Angola e, entre 60 a 70 por cento dos visitantes, manifestam interesse em visitar ou investir no país, segundo o técnico sénior de promoção e captação de investimentos da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), Helbert Ferreira.
Afirmou que apesar desta Expo ser horticultural, o país também tem promovido o turismo, destacando as províncias do Namibe, Benguela e Luanda e o projecto Okavango, havendo "muito interesse” de investidores em visitar estas localidades, com realce para homens de negócios da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, do Brasil e de país europeus.
A fonte disse que o interesse incide principalmente nos sectores agrícola e mineiro, frisando que a nova lei de investimento Privado, que acabou com a obrigatoriedade de parcerias, e a inexistência de um montante mínimo para se investir, tem incentivado os investidores estrangeiros.
Apontou
igualmente a isenção de vistos e entrada em Angola para cidadãos de vários
país, a construção de infra-estruturas logísticas e do ramo da hotelaria e
turismo, assim como do Aeroporto Internacional de Luanda "Dr. António
Agostinho.
Angola celebra Dia Nacional na Expo de Doha
Angola celebrou, ontem, no Qatar, o Dia Nacional na Expo Doha 2023, numa cerimónia em que a delegação do país será liderada pela ministra do Ambiente.
Ana Paula de Carvalho encontra-se desde Sexta-feira na capital do Qatar.
Além da comissária-geral de Angola na Expo, Albina Assis, o acto contou com intervenções de Ana Paula de Carvalho e de um representante do Qatar. O secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, João Manuel Bartolomeu da Cunha, e o embaixador angolano no Qatar, António Coelho Ramos da Cruz, bem como outros altos funcionários do país prestigiaram o acto.
Para hoje, no seguimento dos eventos, deve ser realizado um seminário sobre a agricultura e o investimento privado. Já amanhã, Terça-feira, acontece outro evento denominado "Dia do Café”.
No último Sábado, a ministra do Ambiente, acompanhada de alguns membros da delegação angolana, visitou a Embaixada de Angola no Qatar, onde recebeu informações do funcionamento.
Pavilhão
de Angola
Localizado logo à entrada do espaço da Expo, o pavilhão de Angola possui 200 metros quadrados.
Na mensagem de boas-vindas endereçada pelo o Presidente da República, João Lourenço,por ocasião do dia de Angola, refere que "A história da humanidade regista, ao longo dos tempos, desafios e oportunidades. Assim é também na actualidade. O nosso planeta continua a registar um rápido crescimento populacional, desafiando-nos para um crescimento económico mais robusto e inclusivo”.
Acrescenta que crescer de modo sustentado é um dos principais desafios da "nossa geração”.
Para o Chefe de Estado angolano, a Exposição Internacional de Horticultura – Expo 2023 Doha constitui uma excelente oportunidade para que se avalie o estado da arte e se perspective o futuro global na base do trinómio "agricultura moderna, tecnologia e inovação e sustentabilidade”.
Refere que Angola mantém firme o seu compromisso para com um crescimento económico sustentado, bem como com medidas de combate à desertificação e aos efeitos da seca na região sul do país.
"O tema do nosso pavilhão é ´Plantar para a Vida´, como mote para que continuemos a preparar a terra e a lançar as sementes de um futuro sustentável, para que as futuras gerações colham os seus frutos com confiança num mundo melhor”, conclui João Lourenço.
A Expo 2023 Doha foi aberta no dia 2 de Outubro de 2023 ano e termina a 28 de Março do corrente ano.
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LoginA administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) visitou, ontem, antes de viajar para o município do Lobito, a cidade de Benguela. Aqui, Samantha Power enfatizou que os programas estruturantes em andamento no Corredor do Lobito e na Agricultura terão um impacto significativo, retirando milhares de pessoas da fome e da pobreza. Power destacou o lançamento da expansão de cinco milhões de dólares do projecto Mulheres na Agricultura Angolana (WAF) da USAID, que beneficiará as províncias de Benguela, Huambo e Bié. Além de auxiliar Angola, Power ressaltou que essas iniciativas ajudarão a combater a pobreza em diversas famílias ao redor do mundo.
Angola exportou, durante 1.° trimestre deste ano, cerca de 94,41 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em aproximadamente 7,77 mil milhões de dólares americanos, com o preço médio de 83,161 dólares por barril.
O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) realizou, hoje, na província do Huambo, a cerimónia de entrega de 12 motocultivadoras e cinco tractores à cooperativas e associações de agricultores locais.
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A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
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