O Parque Nacional do Iona esteve no centro da actualidade do fim-de-semana, com a inauguração da sua sede e com o lançamento de uma nova era para o Turismo no Namibe.
A riqueza da civilização humana é evidenciada pela existência de diversos idiomas(sobretudo a língua materna), cuja contextualização em qualquer geografia, radica na sua funçãohistórica para a formação da identidade socio cultural,que se consubstancia na inter relação entre os povos e os Estados.
Liberdade de Imprensa e democracia são dois conceitos, duas realidades inseparáveis. O surgimento da imprensa deu vazão à circulação de ideias, de conhecimento e de cultura, que foi fundamental para formatar o pensamento que deu origem às transformações políticas, sociais e económicas que dão corpo hoje àquilo que são os valores fundantes da democracia moderna.
De tal sorte que se pode dizer, hoje, que não há democracia sem liberdade de imprensa. Esse princípio está em linha com o pluralismo de ideias, com o pluralismo político, com o pluralismo de perspectivas de abordagem dos factos que, no caso da liberdade de imprensa, têm a sua âncora no pluralismo de linhas editoriais.
A existência dos mais variados órgãos de comunicação social (jornais, televisões e rádios) foi, antes de surgirem a Internet e, com ela, as redes sociais, o espelho que reflectia esse pluralismo.
E para que a anarquia não reinasse no mundo da imprensa, surgiram as leis e os códigos de conduta para regular a actividade jornalística, ela própria sujeita a violar direitos e liberdades quando o profissional, por vezes, entendesse ser detentor da verdade absoluta. Nada que tenha sido construído para cercear a liberdade de imprensa e os direitos do jornalista. Antes pelo contrário, mostraram-se ser ferramentas indispensáveis para que o profissional da comunicação social exercesse com brio o seu métier, ou seja, instrumentos que o salvaguardam e que, em democracia, são a garantia para que o sistema tenha uma imprensa vibrante.
Uma imprensa vibrante no sentido de que ela tem a função de moderar a relação entre os governantes e os governados, de fazer circular as ideias nos dois sentidos, de promover o debate de ideias, a abordagem saudável de temas que constituam preocupação da sociedade, implicando isso uma varredura de todos os ângulos do problema e procurar chegar a uma ou várias conclusões que permitam encontrar uma ou várias soluções para o mesmo.
A vocação instrumental da imprensa como ferramenta ao serviço da democracia é indiscutível, cabendo aos diversos poderes a obrigação de trabalhar com afinco para credibilizar tanto a democracia como as próprias instituições, tirando o melhor proveito possível do que a media proporciona como veículo de disseminação de informação.
Em suma, uma imprensa vibrante tem a função e a vantagem de manter sempre oxigenada a democracia. Mas isso exige uma gestão complexa da comunicação social. E não é tarefa apenas de gente versada em ciências da comunicação. É terreno que exige o concurso de vários outros saberes - convoca a sociologia, a psicologia e as ciências políticas.
Por outras palavras, uma visão estruturante do papel da comunicação social deve assentar num plano estratégico de fortalecimento da media tradicional, quer pública quer privada; da sua presença no espaço público com espírito aberto para abordar e prestar esclarecimentos sobre os fenómenos que emergem na sociedade.
Contudo, por mais vibrante que seja, a comunicação social não se basta a si própria. Aos actores políticos cabe sempre tirar ilações e estar atentos ao dinamismo que a imprensa transmite.
De cinco em cinco anos Angola realiza eleições gerais. De cinco em cinco anos o perfil do eleitor vai mudando e isso vai se reflectindo nas exigências que o cidadão faz e no comportamento do eleitorado. Há novos eleitores, portanto, há novos pensamentos. As respostas que eram dadas para certas situações há dez anos, hoje não são validadas.
O trabalho da imprensa tem também a vocação de seguir e dar a ver correntes de legitimação de novos pensamentos políticos.
No contexto da comunicação social, as redes sociais representam um grande desafio. O problema não está nas redes sociais de per si. As ameaças ao Jornalismo, as ameaças à liberdade de imprensa, nas redes sociais, provém do facto de elas serem um campo aberto às mais diversas publicações avessas às regras do jornalismo, avessas à prévia confirmação dos factos. Está provado que é um terreno de combate político, sobretudo de disseminação de falsa informação que visa criar o estado de saturação e de descredibilização em relação a quem é poder, o mesmo acontecendo face a quem é oposição.
Há, nas redes sociais, uma actuação que não é permitida, que não é aceite na media tradicional - onde as regras de jogo são mais apertadas. Uma actuação que é recorrente porque estamos numa fase embrionária de regulação da Internet, embora algumas acções judiciais tenham servido para chamar a atenção da sociedade para o uso responsável das plataformas digitais.
A ideia de uma imprensa vibrante não deixa de fora as redes sociais. Antes pelo contrário, envolve-as na perspectiva de, também nelas, os debates traduzirem elevação, urbanidade, serem construtivos e poderem contribuir, como já o têm feito também - é bom reconhecer - da cultura democrática de discussão dos assuntos que dizem respeito ao país e não só.
Jornalista*
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