Opinião

Luta pelo desenvolvimento continua com o legado de 4 de Fevereiro

A celebração, amanhã, de mais um aniversário (63º) do Início da Luta Armada de Libertação Nacional reafirma o sentimento colectivo de pertença que os angolanos têm em relação à condição de proprietários da terra e decisores do seu destino, durante largos anos inquinados pelo processo de colonização.

03/02/2024  Última atualização 06H10
O espírito de bravura, coragem, valentia, tenacidade e determinação dos artífices da gesta heróica do 4 de Fevereiro representou não só a acção de um punhado de nacionalistas, mas a inequívoca e inadiável vontade de uma Nação de se libertar da opressão colonial, que desatendeu o sinal demonstrado pelos trabalhadores rurais da Companhia Geral dos Algodões de Angola (COTONANG), na Baixa de Cassanje, acção representativa do  rastilho inicial da aspiração do povo angolano em ser e viver livre na sua própria terra.

O dia 4 de Fevereiro de 1961 encerra, em si, a particularidade de ser um marco incontornável na historiografia nacional que, para além de remover sentimentos ideológicos partidários, uniu os angolanos de diversas sensibilidades políticas e  partidárias.

Pela pátria, tudo deram, tudo fizeram e, em muitos casos, verteram o sangue para verem concretizado o mais elevado anseio de qualquer povo, resumido, neste caso, na conquista da Independência Nacional, símbolo maior do início da efectiva soberania da República de Angola.

O percurso de 63 anos de história e legado é marcado, também, por várias conquistas, com realce para a implementação da democracia, o alcance da paz e a implementação do processo de unidade nacional, revestido de uma cultura de tolerância e compromisso patriótico com a reconciliação, a igualdade, a justiça e o desenvolvimento.

Por vontade própria, Angola tornou-se, incontornavelmente, um país a ter em conta no concerto das nações, actuando como um actor de prestígio e respeitado, no que diz respeito às questões de segurança na África Subsaariana, com realce para o processo de pacificação da Região Leste da RDC.

A obrigação de defender, proteger e perpetuar o legado dos nacionalistas, construir uma pátria efectivamente reconciliada, pressuposto incontornável para a consolidação de Angola como um país moderno, próspero, inclusivo, democrático e socialmente justo, deve ser, à margem do valor de eterna tributação, a missão principal das actuais e futuras gerações.

Da perspectiva de ser, Angola, uma Nação que aprende as lições da sua história e que se engaja para superar os desafios, aproveita as oportunidades para prosperar, constitui imperativo incondicional à criação de uma cultura laboral fundada na determinação dos heróis do 4 de Fevereiro, para que o percurso rumo à transformação estrutural necessária ao crescimento e desenvolvimento de Angola, em todas as perspectivas seja, mais do que uma realidade, a confirmação de que, com o espírito de Fevereiro, a luta continua e a vitória é certa.

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