Opinião

Mais do que instrumento símbolo cultural

Nilsa Batalha

Os tambores africanos, conhecidos pelos seus ritmos hipnotizantes e batidas poderosas, ocupam um lugar significativo na rica herança cultural de África. Mais do que embalar cantos e danças, os tambores africanos servem como um meio de comunicação. Além de servirem para os rituais, podem, igualmente, transmitir a identidade de uma linguagem falada.

14/04/2024  Última atualização 07H45
Muitas vezes feitos à mão, os tambores, de madeira ou pele de animal, servem como o batimento cardíaco da música tradicional.

Os tambores em África têm sido usados há séculos em rituais, cerimónias e reuniões sociais. Cada grupo étnico e região tem o seu estilo único de tambores, reflectindo as diversas tradições. O som cativante ecoa as histórias de sabedoria ancestral, unindo as comunidades em celebração e comunicação. Com as suas batidas estrondosas e padrões complexos, os tambores transmitem mensagens, expressam emoções e conectam indivíduos às suas raízes.

Os tambores transmitem códigos precisos para a transmissão de mensagens à distância. Quando o tambor é tocado do alto de uma colina, o som que produz pode ser escutado numa área de até quarenta quilómetros.

Para cada tipo de mensagem, existe um tipo de tambor: para realizar a função de comunicação pelos "tambores que falam”, os mais utilizados são os modulares ou os de extensão fixa - depende do grupo étnico.

Além do seu significado cultural, os tambores africanos tiveram um impacto duradouro na música contemporânea em todo o mundo. Eles influenciaram géneros como o jazz, rock e reggae, adicionando profundidade e emoção às composições modernas.

O artesanato e a habilidade necessário  para produzir tambores em África são verdadeiramente inspiradoras. Artesãos talentosos esculpem e moldam meticulosamente as conchas do tambor, esticando a pele de cabra ou o couro de vaca na parte superior. O instrumento é sintonizado para criar um equilíbrio harmónico, permitindo uma ampla gama de tons e arremessos. Os padrões rítmicos tocados fornecem uma base para dançarinos, revigorando os seus movimentos e adicionando profundidade à performance.

Em África, os tambores são reverenciados como mais do que apenas instrumentos; eles são um símbolo cultural que representa unidade, resiliência e harmonia. Eles permanecem como um testemunho da rica herança musical do continente, lembrando-nos do poder do ritmo e da sua capacidade de conectar pessoas através das fronteiras e gerações.

Fonte:clickideia.com/Wikipedia/Africa

THOMAS FULLER
"O homem calculadora”

Africano vendido como escravo em 1724, com 14 anos de idade, ficou conhecido como o "Calculador da Virgínia” pela sua extraordinária capacidade de resolver problemas matemáticos complexos de cabeça. Certo dia perguntaram-lhe quantos segundos há em um ano e meio, ele respondeu em cerca de dois minutos, 47.304.000. Mais uma vez perguntaram-lhe quantos segundos viveu um homem que tem 70 anos, 17 dias e 12 horas de idade, ele respondeu em um minuto e meio: 2.210.500.800 segundos. Um dos homens que assistia à conversa estava a resolver os problemas no papel, e informou Fuller que ele estava errado, porque a resposta era muito menor. Fuller apressadamente respondeu: "Top, mestre, você esquece o ano bissexto”. Quando o ano bissexto foi adicionado, as somas coincidiam.

Fonte: História Negra - Jac King

TURISMO
Origem da palavra Safari

Sabia que a palavra Safari vem da língua Swahili e significa viagem? Originalmente a palavra Safari em Swahili provém da palavra árabe Safara, que significa viagem. O verbo viajar em Swahili é Safiri e o substantivo viagem é Safari. Em todas as línguas modernas Safari passou a denominar expedições de caça ou observação de animais, geralmente de grande porte, na selva ou na savana africana. O verdadeiro Safari somente ocorre em África. Sem dúvida, uma aventura que deve ser vivida pelo menos uma vez na vida. No seu livro de não ficção "As Verdes Colinas de África” (Green Hills  of   Africa), publicado primeiramente em 1935, o escritor norte-americano Ernest Hemingway relata um safari que ele e a

esposa de então, Pauline Pfeiffer, realizaram durante um mês, em 1933, na África Oriental. Este livro contribuiu, sobremaneira, para promover e glamourizar os safaris no Ocidente.

Fonte principal: zebrasafaritours

GRAMMYS
Artistas africanos já premiados

Considerados os prémios mais consagradores da indústria musical internacional, os Grammys são uma ambição e um marco na carreira de qualquer músico. Eis os músicos africanos já galardoados com esse prémio e o número de vezes que o receberam:

1. Angélique Kidjo (Benin) - 5

2. Ladysmith Black (África do Sul) - 5

3. Olusegun Adeola (Nigéria) - 4

4. Ali FarkaTouré (Mali) - 3

5. Owuor Arunga (Quénia) - 3

6. Soweto Gospel Choir (África do Sul) - 3

7. Sikiru Adepoju (Nigéria) - 2

8. Tinariwen (Mali) - 1

9. Youssou Ndour (Senegal) - 1

10. Wouter Kellerman (África do Sul) - 1

11. Kevin Olusola (Nigéria) - 1

12. Burna Boy (Nigéria) - 1

13. Black Coffee (África do Sul) - 1

14. Miriam Makeba(África do Sul) - 1

15. Sade Adu (Nigéria)- 1

16. Cynthia Erivo(Nigéria) - 1

17. Tems(Nigéria) - 1

18. Wizkid(Nigéria) - 1

19. Richard Bona (Camarões) - 1

20. BabatundeOlatunji (Nigéria) - 1

21. Nomcebo Zikode (África do Sul) - 1

Fonte:africanews

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