Opinião

Os contornos do namoro na actualidade

Hoje, celebra-se, na maioria dos países cristãos, o Dia dos Namorados, em memória da figura eclesiástica, São Valentim, uma data especial e comemorativa do amor, da união conjugal ou amorosa, da amizade e, em geral, dos afectos.

14/02/2024  Última atualização 07H10
Desde há algum tempo que os angolanos, sendo maioritariamente cristãos, observam a efeméride para a renovação dos compromissos, conjugais, íntimos e amistosos, razão pela qual ela não passa, ultimamente, despercebida para parte significativa da população.

 É verdade que se trata de uma data eminentemente católica e que, independentemente dos contornos históricos que a mesma envolve, importa, sobretudo, enaltecer os laços que a ocasião honra e celebra.

Embora os laços afectivos tenham todos os dias do ano para a sua efectiva renovação e fortalecimento, não há dúvidas de que num dia como hoje as atenções se redobram, os balanços se concretizam, os ajustes se materializam e as pessoas comemoram. Acreditamos que é também uma ocasião para que as famílias, a sociedade e as pessoas, individualmente, reflictam sobre os contornos do namoro na actualidade, numa altura em que a banalização, a irresponsabilidade e o mercantilismo deturpam o papel deste oficioso "instituto” do costume da sociedade angolana.

É tempo de as famílias exercerem o papel regulador para levar as crianças e adolescentes a aprenderem e cumprirem com regras mínimas de convivência, entre as quais a consciencialização de que o namoro é, somente e definitivamente,  um assunto de pessoas adultas. Não vale a pena nos deixarmos levar pelo excesso de modernismo, pós-modernismo ou outros "modismos”, que pretendam dar a ideia de que tudo está tão relativizado, que pouco ou nada há a fazer quando menores acabam engajados em laços que devem envolver somente adultos.

Num dia como hoje, fazemos votos de que, independentemente do multiculturalismo que envolve a aldeia global, a sociedade angolana acompanha os processos de modernização, em função dos seus ideários, idiossincrasias, valores e tradições.

A celebração do Dia dos Namorados é, também, uma ocasião privilegiada para o resgate de valores que devolvam afecto, responsabilidade, cumplicidade e seriedade às relações, em detrimento da banalização, mercantilismo e "coisificação” dos laços que envolvem duas pessoas com vínculos afectivos.

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