Economia

Ovídio Pahula: Académico aborda peso da dívida no Orçamento Geral do Estado

Francisco Pedro

Jornalista

O estado actual da economia angolana “é periclitante”, afirmou, segunda-feira, em Luanda, o professor universitário Ovídio Pahula, comentando o facto de mais de 50 por cento das receitas do Orçamento Geral do Estado-2024 (OGE) estarem direcionadas para o pagamento do serviço da dívida.

20/02/2024  Última atualização 09H17
© Fotografia por: DR

"Restando pouco espaço de manobra para a execução orçamental nos sectores-chave da economia, tais como Educação, Saúde, Agropecuária, Pescas, Estradas e Indústria, enquanto factores de crescimento económico, esse primeiro instrumento de governação do Executivo (Orçamento Geral do Estado, 2024), afigura-se ‘arriscado’ até certo ponto”, disse Ovídio Pahula.

O académico fez essa afirmação, em declarações ao Jornal de Angola, quando se debruçava sobre o tema "Finanças Locais em Angola-contributo para a sua compreensão”, que vai defender sexta-feira, no auditório da Faculdade de Economia da Universidade Mandume-Ya- Ndemufayo, cidade do Lubango.

Ovídio Pahula acrescentou que a excessiva centralização do Estado e a deficiente e instável política fiscal, monetária e cambial são outros factores que perigam o êxito da execução do OGE 2024.

Doutorado em Ciências Jurídico-Económicas, especialidade de Finanças Públicas e Direito Financeiro, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, Ovídio Pahula mostrou-se preocupado com a instabilidade regular das políticas fiscal, monetária e cambial, "nunca se conseguiu acertar e estabilizar o desempenho de tais políticas desde 11 de Novembro de 1975 até aos nossos dias”.

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