Economia

Pescadores da Baía Farta recebem embarcações para aumentar capturas

Arão Martins / Benguela

Jornalista

Mais de 40 pescadores agrupados em quatro cooperativas receberam quatro embarcações, no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza, no município da Baía Farta, província de Benguela.

06/02/2024  Última atualização 07H08
A administradora municipal da Baía Farta, Miraldina Torres, quando entregava os instrumentos às famílias © Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro

As cooperativas Samumbuila, Senga Produção (ex-militares), Zona Verde da Equimina e Tchimila (Equimina)beneficiaram das embarcações.

Entregues no sábado, no âmbito das celebrações do 4 de Fevereiro, Dia em que se assinalou o 63º aniversário do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, as embarcações beneficiam pescadores que praticam a pesca ao longo da orla marítima Sul, integradas pelas comunas sede da Baía Farta e da Equimina.

Além das embarcações, foram entregues quatro motores e kits diversos de artefactos de pesca, como anzóis, redes e coletes salva vidas.

A administradora municipal da Baía Farta, Miraldina Torres, disse que os kits foram entregues com o objectivo de criar rendimento às famílias, quer de  ex-militares, quer d e antigos combatentes e veteranos da Pátria.

"A embarcação e o motor por si só anda, mas, depois, precisa da rede, dos coletes, anzóis e outros equipamentos que foram, também, entregues às cooperativas de pescas que funcionam ao longo da orla marítima do município, com vista à sua sustentabilidade”.

Para a aquisição das embarcações, explicou, a administração municipal da Baía Farta investiu mais de 20 milhões de kwanzas.

 
Aposta na produção

Foram, também, entregues kits de agricultura a jovens, para que possam cultivar a terra e poderem levar produtos alimentares à mesa das famílias.

A administradora municipal da Baía Farta exortou os cuidados a observar no uso das embarcações.

"Apelamos aos beneficiários a evitarem vender as embarcações, mas sim gerar renda e empregar outros jovens”, disse, encorajando os contemplados a trabalharem com responsabilidade para melhorar a qualidade de vida das famílias.

Miraldina Torres esclareceu que os contemplados beneficiaram de uma formação em literacia financeira, o que vai contribuir para manter as cooperativas constituídas e gerir bem os lucros, com a utilização dos conhecimentos adquiridos.

"Se os beneficiários colocarem em prática os conhecimentos teóricos vamos ter bons resultados”, mostrou-se confiante e assegurou que a Administração Municipal local vai continuar a monitorar, para que os kits sejam preservados e evitar que o Estado continue a gastar muito dinheiro em vão.

A gestora da Baía Farta lamentou a redução do pescado. Para ela, a par de factores climáticos, atribuiu, igualmente, alguma culpa ao surgimento de embarcações e pescadores que desrespeitam os períodos de veda e outros que praticam a pesca ilegal.

Referiu que, para evitar a falta de conhecimento, mais de 40 pessoas que vão ao mar pescar com as novas embarcações beneficiaram, também, de uma formação, para que pratiquem tal actividade em conformidade com os parâmetros previamente estabelecidos.

De acordo com Miraldina Torres, o pescado precisa de algum tempo para se desenvolver, reproduzir e nem sempre se observa esse cuidado.

A administradora municipal da Baía Farta, Miraldina Torres, explicou que os novos contemplados têm a preparação de quando é que podem ir ao mar, o que devem pescar e evitarem ir às milhas proibidas.

Disse que as embarcações foram entregues no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza, por isso os beneficiários estão isentos de qualquer pagamento.

Esclareceu que o município possui "grandes” heróis que deram o seu contributo na Luta de Libertação e Independência Nacional.

"Hoje, muitos deles, devido à idade e outros factores, estão incapacitados de exercer a sua actividade, mas, têm os seus filhos, que continuam a trabalhar, para o seu bem”, explicou.

No âmbito da efeméride, esclareceu, a Administração Municipal da Baía farta entregou, também, kits de agricultura para as mulheres agrupadas em cooperativas na comuna da Calohanga e Equimina.


Satisfação dos beneficiários

Em nome da Cooperativa da Zona Verde da Equimina, Felismina Aurora, disse que com o ganho vão  aumentar os níveis  de captura de pescado e de produção agrícola.

Esclareceu que além do potencial pesqueiro, a cooperativa detém vastas terras aráveis e vai cultivar em grande escala.

Paulo Evaristo Tchiokola, responsável da cooperativa de pescadores dos ex-militares Senga Produção, explicou que os apoios contínuos que têm sido proporcionados pelo Governo estão a contribuir de forma satisfatória na qualidade de vida desta camada da sociedade.

"No passado, já tinhamos  recebido um kit completo de embarcações, mas faltava-nos motores. Graças a Deus, o nosso Governo e a Administração Municipal da Baía Farta cumpriram na íntegra e recebemos os dois motores. Essa felicidade é imensurável, ainda assim pedimos para que acções do género continuem para beneficiar outros pescadores”, pediu paulo Tchiokola.

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