Economia

Peso da despesa pública reduz para 20% do PIB

Nádia Dembene

Jornalista

O peso da despesa pública no Produto Interno Bruto deve reduzir para 20 por cento em 2024 e 2025, de acordo com o relatório apresentado, ontem, em Luanda, pela empresa de consultoria Kwanza Economics sobre as perspectivas económicas do país.

19/04/2024  Última atualização 09H00
Líder da Kwanza Economics apresenta projecções © Fotografia por: DR

O director-geral da Kwanza Economics, Alexandre Ernesto, na conferência "Capital Markets”, promovida pelo BFA,  afirma que o peso das despesas públicas na economia (rácio das despesas sobre o PIB) deverá situar-se em torno de 20 por cento, em média, depois de ter sido de 24 por cento em 2023, uma redução de cerca de quatro pontos percentuais.

Um peso das despesas públicas de cerca de 1/5 sobre a economia ainda é significativo, mas necessário (pelo menos a curto e médio prazos) para impulsionar o crescimento económico, considerou Alexandre Ernesto.

As previsões da Kwanza Economics apontam para uma desaceleração da inflação mensal que, entretanto, não vai ser suficiente para conter a taxa de 28 por cento projectada pela companhia para o fim de 2024.

Para o ano de 2025, perspectiva-se a continuidade da desaceleração dos preços, voltando a não ser suficiente para o alcance de uma taxa de um dígito, afirmou.

Alexandre Ernesto, prevendo a depreciação da moeda nacional e o ajustamento do preço da gasolina a pressionarem os preços em alta nesse período.

 
Reformas Económicas

O director-geral da Kwanza Economics reconheceu que as reformas económicas têm sido implementadas com sucesso em alguns sectores, havendo ainda espaço para a remoção de barreiras ao investimento do sector privado com acções objectivas mais a nível da organização dos mercados e de determinados sectores de actividade não  necessariamente ligadas apenas à imposição de barreiras tarifárias.

Entre 2022 e 2023, lembrou, o país gerou apenas cerca de dez mil novos empregos e cerca de 81 por cento da força de trabalho tem um emprego informal.

Em relação ao estado actual da economia, Alexandre Ernesto sublinhou que o crescimento económico continua a ter uma ligação proporcional aos desenvolvimentos na procura global de petróleo, desaceleração do crescimento do sector não petrolífero devido a choques directos internos e externos (custos dos insumos nos mercados internacionais, ajustamento do preço da gasolina e a depreciação da moeda nacional).

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