Segundo o responsável, os insectos aumentam a cada dia e atacam enormes espaços com culturas de milho, massambala, massango, ginguba, feijão, abóbora e outras, nas povoações de Mutchaullwa, Kinjei e Mutiovacai, localizadas a mais de dez quilómetros da sede dos Gambos. O Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas e Organizações Não-Governamentais (ONG) foram já accionados, de modo a serem encontradas   as melhores  vias emergentes para conter a acção dos gafanhotos, que devem ser eliminados para evitar uma potencial crise alimentar.

Receios dos insectos

O produtor de cereais Fernando Katombela explicou que perdeu até ao momento mais de dois hectares com culturas de milho, massango e massambala, nos últimos sete dias de invasão dos gafanhotos.

"Usamos vários tipos de insecticidas para conter a acção dos gafanhotos, mas está difícil por afectarem espaços enormes”, disse.

O produtor revelou que já perderam uma parte considerável das culturas, porque os insectos invasores estão a alimentar-se de tudo o que é verde nos períodos diurnos e nocturnos.

A camponesa Mariana Tchissinga, com três hectares de massambala, disse que os gafanhotos ainda não atingiram a sua lavra, mas receia que tão logo os insectos devorem todas culturas das lavras das zonas vizinhas, a sua vai ser a próxima a ser atingida pelos insectos.