Economia

Preços do petróleo sobem com rejeição de proposta para cessar-fogo em Gaza

Os preços do petróleo ganharam terreno quinta-feira, com os investidores a considerarem o impacto da rejeição de Israel de uma oferta de cessar-fogo do Hamas e quedas inesperadas nos 'stocks' de combustível dos Estados Unidos.

09/02/2024  Última atualização 11H52
As tensões no Médio Oriente têm mantido o mercado em alerta desde Outubro, com progressos limitados nas recentes conversações no sentido de acabar com o conflito em Gaza © Fotografia por: DR
Os futuros do petróleo Brent subiam 0,81 dólares, ou 1,02%, para os 80,02 dólares por barril  em West Texas Intermediate subiam 0,72 dólares, ou 0,97%, para os 74,58 dólares.

A referência do Brent ultrapassou os 80 dólares por barril pela primeira vez desde 1 de Fevereiro, prolongando três sessões consecutivas de ganhos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou a última oferta de cessar-fogo do Hamas e a devolução dos reféns detidos na Faixa de Gaza, mas o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que ainda há margem para negociação.

Os esforços diplomáticos prosseguem. Uma delegação do Hamas chegou ontem  ao Cairo para conversações sobre o cessar-fogo com mediadores do Egipto e Qatar.

Entretanto, o rei Abdullah da Jordânia vai encontrar-se com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pressionar o fim da guerra.

As tensões no Médio Oriente têm mantido o mercado em alerta desde Outubro, com progressos limitados nas conversações para pôr fim ao conflito em Gaza.

Ontem, os militares israelitas intensificaram os ataques contra a cidade fronteiriça de Rafah, no sul do país, onde mais de metade da população de Gaza se encontra refugiada.

Uma queda maior que a esperada nas reservas de gasolina e destilados médios dos Estados Unidos também impulsionou o mercado do petróleo.

As reservas de destilados caíram em 3,2 milhões de barris para os 127,6 milhões de barris, mostraram dados da Administração de Informação de Energia contra as expectativas de uma queda de 1 milhão de barris. As reservas de gasolina caíram em 3,15 milhões de barris face às previsões dos analistas de um aumento de 140.000 barris.

Por outro lado, o campo petrolífero norueguês Johan Sverdrup - o maior do Mar do Norte - manterá uma produção estável de 755 000 barris por dia até ao final do ano, informou a Aker BP.

O campo tem vindo a produzir em excesso face à capacidade originalmente planeada de 660 000 barris por dia, desde o ano passado.

  EM TRÊS BLOCOS
Petrobras entra no petróleo são-tomense

A companhia petrolífera brasileira, Petrobras entrou ontem para o consórcio em três blocos de petróleo na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe na sequência de um acordo assinado esta manhã na capital são-tomense.

Além da Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe, este  acordo envolve três empresas petrolíferas, designadamente, a Petrobras, a Shell e Galp no âmbito dos blocos 10, 11 e 13 da zona exclusiva do arquipélago são-tomense.

O director da Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe, Álvaro Silva disse que "estamos convictos de que a Petrobras trará este seu manancial de experiências para ajudar as empresas”.

BOLSA DE NOVA IORQUE
Futuros do petróleo bruto em alta durante a sessão asiática

Os futuros do petróleo bruto estiveram  ontem em alta durante a sessão asiática. Na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, os futuros do petróleo bruto em Março foram negociados na entrega a 4,17 dólares  por barril no momento da escrita, a subir 0,42%.

Antes negociaram na alta da sessão a dólares  por barril. O petróleo bruto estava propenso a encontrar apoio em 71,41 dólares e resistência em 74,52 dólares.

O Índice Dólar Futuros, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,05% para negociação a 103,86 dólares.

CHINA
Minério de ferro sobe com esperança de procura no sector imobiliário

Os contratos futuros do minério de ferro na China subiram ontem para uma máxima de quase uma semana, estimulados pela esperança de melhor demanda do mercado imobiliário já que a China sinalizou algum apoio ao sector em dificuldades.

O minério de ferro mais negociado para Maio na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) fechou em alta de 2,4%, a 963,50 iuanes (133,90 dólares) por tonelada. No início da sessão, atingiu 967,50 iuanes, o maior valor desde 2 de Fevereiro.

O contrato mais activo do minério de ferro para Março, na Bolsa de Singapura subiu 2,4%, para 128 dólares por tonelada.

EUROPA
Preços do gás caíram 37% desde Novembro

Com o inverno actual praticamente encerrado, os preços do gás na Europa caíram 37% desde Novembro, com o gás TTF a ser negociado abaixo dos 30 EUR/MWh, frisou a Goldman Sachs.

"A liquidação no TTF reflecte uma posição de armazenamento confortável, com stocks no Noroeste da Europa actualmente a 66%. Cheio, em parte devido às segundas temperaturas de inverno mais quentes em pelo menos 10 anos”.

Embora a descida dos preços do gás possa deixar a impressão de que a Europa ultrapassou o problema energético, na Goldman Sachs acreditam "que a crise ainda não acabou.

‘EL ECONOMISTA’
Guiana duplica produção de petróleo num ano

A Guiana, na América do Sul, atingiu um novo marco na produção de petróleo, conseguindo duplicar a sua produção em 12 meses, atingindo os 640.00 barris de petróleo por dia, segundo avança o jornal ‘El Economista’.

A confirmação foi feita pelo director de produção da Exxon Mobil na Guiana, Huzefa Ali, revelando assim que a produção de petróleo deste país está muito próxima da produção da Venezuela.

Na conferência de imprensa, Ali especificou que o navio ‘Liza Desteny Floating Production Storage and Offloading’ (FPSO) produz cerca de 160 mil barris de petróleo por dia, e que o ‘FPSO Liza Unity’ obtém cerca de 250 mil barris por dia.

 CÂMBIO
Euro subiu e negociou nos 1,0775 dólares

O euro subiu ontem face ao dólar, num dia em que o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE) defendeu prudência sobre as decisões futuras relativas às taxas de juro. O BCE fixou o câmbio de referência do euro em 1,0758 dólares. O economista-chefe  Philip Lane, defendeu  numa conferência, que a instituição necessita de estar mais segura de que a inflação está a reduzir-se para a meta, antes de cortar as taxas de juro. "Em termos de uma avaliação global da nossa trajectória política, precisamos de estar mais adiantados no processo de desinflação antes de podermos estar suficientemente confiantes de que a inflação atingirá a meta em tempo útil e se estabelecerá na meta de forma sustentável", disse.

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