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Presidente turco critica veto dos EUA à adesão da Palestina à ONU

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou, ontem, o veto dos Estados Unidos à entrada da Palestina como membro de pleno direito da ONU, mas esclareceu que "não esperava outra coisa" da administração Biden.

20/04/2024  Última atualização 11H40
© Fotografia por: DR

Erdogan observou durante uma conferência de imprensa, citado pelo jornal Daily Sabah, que "o mundo inteiro apoiou a Palestina", mas "infelizmente, os Estados Unidos tomaram a posição de Israel".

Os Estados Unidos vetaram, na quinta-feira, no Conselho de Segurança, a resolução que abriria a porta à entrada da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas, da qual é, actualmente, apenas um Estado-membro não observador.

Um total de 12 países votaram a favor - incluindo a Rússia e a China - enquanto o Reino Unido, outro membro permanente, se absteve, tal como a Suíça.

Washington alega que a ONU não é o lugar para o reconhecimento de um Estado palestiniano, defendendo que isso deve decorrer de um acordo entre Israel e os palestinianos.

Também enfatizam que a legislação norte-americana exigiria que cortassem o seu financiamento à ONU no caso de adesão palestiniana fora de tal acordo bilateral.

O último veto à adesão de um Estado à ONU data de 1976, quando os norte-americanos bloquearam a entrada do Vietname.

Erdogan também criticou o alegado ataque de Israel ao Irão, na madrugada de ontem, como retaliação por Teerão ter enviado 'drones' e mísseis para Telavive no fim de semana passado.

"Israel diz uma coisa e o Irão outra, não ouvimos um único comentário razoável de nenhuma das partes", disse o Chefe de Estado.

Anteriormente, as autoridades turcas tinham alertado para o perigo de um "conflito permanente" na região do Médio Oriente, garantido que Ancara está a acompanhar de perto a situação.

"A prioridade da comunidade internacional deve ser acabar com o massacre na Faixa de Gaza e alcançar uma paz duradoura na nossa região através da criação de um Estado palestiniano", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado hoje divulgado. A ofensiva israelita contra Gaza, que começou como resposta a um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano ao território israelita em 07 de Outubro passado, já fez cerca de 34 mil mortos, além de ter causado a destruição da maioria das infraestruturas civis, provocando uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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